Por Suyene Correia/redacao@cinformonline.com.br

Um novo grupo de música instrumental tem chamado a atenção no cenário musical aracajuano. Trata-se do quarteto Dissonantes formado pelos jovens Daniel Melo (flauta transversal), Rafael Freitas (violão), Kelvin Cruz (bateria) e Erick Freitas (teclados, piano) que têm realizado apresentações pontuais na capital sergipana.

Um desses shows, intitulado “Sons de um Brasil Instrumental”, aconteceu no mês passado, no Café da Gente (Museu da Gente Sergipana) e reuniu um público animado e atento às interpretações primorosas de clássicos do choro, baião, MPB, além de composições autorais. Apesar de terem entre 19 e 27 anos, os músicos parecem ter décadas de estrada, tamanha a habilidade na execução dos respectivos instrumentos.

Segundo Daniel Melo, o grupo começou como Quarteto Dissonante, no final de 2017 e persistiu assim até o final de 2018, mudando para Dissonantes, na virada de 2018 pra 2019. “A mudança se deu por conta da perspectiva de expansão do grupo, mas por enquanto estamos com quatro componentes. Da formação inicial, apenas o baterista Davi Silva não faz mais parte do grupo, sendo substituído por Kelvin Cruz”.

O interessante com relação aos Dissonantes é a importância que dão à música autoral. Se em 2016, o violonista Rafael Freitas deu os primeiros passos na carreira de compositor, no ano seguinte, ele teve o reforço de Daniel e Davi Silva para a produção do repertório próprio do então, Dissonante.

“Todo esse contexto de repertório surgiu porque fundamos um grupo de choro do conservatório de música, em 2017 e começamos a investir nesse gênero musical. Um grande incentivador desse processo foi o professor Cleudson Passos. Eu e Rafael tivemos aulas com ele e seus ensinamentos nos auxiliaram na experimentação e criação do nosso próprio som. Escolhemos seguir esse caminho da música brasileira, porque sentimos necessidade, enquanto nordestinos, brasileiros, de levar essa música para o público. Não são os gêneros musicais que estão em primeiro plano, comercialmente, mas ‘conversam’ muito com nossa cultura, nossos valores, daí porque dialogamos muito com esses ritmos”, explica o flautista.

Sobre o repertório apresentado no último show, desfilaram clássicos de Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Djavan e Chiquinha Gonzaga, alternando com os temas autorais “Maracatu Inacabado”, “Piteco no Choro” e “Alvorada”. A ideia é que o fluxo de apresentações se intensifica a partir de maio e que a gravação de um disco aconteça, ainda este ano.

Sobre os componentes

Daniel Melo- Nascido em Aracaju há 20 anos, Daniel Melo iniciou os estudos de música com seis anos de idade no Conservatório de Música de Sergipe. Durante sua passagem pela instituição teve aulas de flauta doce, teclado, flauta transversal, além de iniciação em instrumentos percussivos. Fez parte do grupo de choro do Conservatório de Música de Sergipe e, atualmente, é flautista da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Sergipe.

Erick Freitas- Soteropolitano de 24 anos, teve contato com instrumentos musicais desde criança. Aos 14 anos, musicalizou-se através do piano. Em 2014, veio morar em Aracaju e, logo em seguida ingressou no curso técnico de piano no Conservatório de Música de Sergipe. Atualmente, prossegue com os estudos de piano com o professor Dr. Eduardo Garcia, coordenador do Curso de Música da Universidade Federal de Sergipe.

Rafael Freitas- Aracajuano, tem 19 anos e começou seus estudos aos 13 anos sob a orientação do professor Rodrigo Bestety, que o acompanhou até a conclusão do curso técnico no Conservatório de Música de Sergipe. Com o professor Cleudson Passos teve uma formação erudita no violão. Atualmente, cursa Bacharelado em Violão na Universidade Federal da Bahia sobre os cuidados do professor Mario Ulloa. Desenvolve um trabalho com a música instrumental brasileira, tendo como referências: Yamandú Costa, Cainan Cavalcanti, Pipoquinha, entre outros.

Kelvin Cruz- O lagartense de 27 anos iniciou os estudos de música ainda na infância onde teve contato com instrumentos de percussão. Em 2012, ingressou no curso de Música da UFS. Ao longo dos anos, vem se profissionalizando, tendo estudado com grandes bateristas a exemplo de Daniel Oliveira, Douglas Las Casas e Jimmy Duchowny. Em 2015, realizou workshops de música brasileira em Portugal e desde então, tem desenvolvido pesquisas no âmbito da área percussiva, publicando artigos e até um livro voltado ao ensino da bateria. É músico da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Sergipe, da Orquestra Sinfônica de Sergipe (músico convidado) e professor de percussão no projeto Orquestra Jovem de Sergipe.

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