Na pesquisa, o pré-candidato Valadares filho aparece em empate técnico com Emília Correia, disputando a terceira posição

Entre os dias 16 e 17 de julho, a equipe do Dataform foi às ruas de Aracaju ouvir a população. Em pelo menos 35 bairros, 800 eleitores da capital sergipana deram sua opinião sobre a eleição municipal, marcada para iniciar em setembro, após o Congresso Nacional aprovar o adiamento do pleito.

O cenário para o atual prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) não parece muito fácil. Além de margar 44,9% de reprovação de seu mandato contra 40% de aprovação, Edvaldo tem uma adversária que, mesmo sem ter mandato ou cargo público, ganhou tamanho político e promete incomodar: a Delegada Danielle Garcia (Cidadania).

Edvaldo tem a seu favor a máquina pública – que tem peso muito grande em uma eleição –, uma rejeição razoável se comparado a outros prefeitos de capitais brasileiras, e a comparação com o seu antecessor, João Alves (DEM), cuja gestão não foi bem avaliada pelos aracajuanos. O desafio do atual gestor é o desgaste que toda administração carrega consigo.

Já Danielle tem o desafio de estar em um partido pequeno, cujo presidente é o senador Alessandro Vieira. A seu favor, ela tem o histórico de várias operações de combate à corrupção, amplamente divulgadas pela imprensa sergipana.

Em eleições acontecem surpresas – Correndo por fora aparecem a vereadora Emília Corrêa (Patriota) e o ex-deputado federal Valadares Filho (PSB). Valadares Filho já bateu na trave em duas eleições para prefeito de Aracaju, o que lhe confere, teoricamente, alto coeficiente eleitoral. Empatados tecnicamente, eles podem definir com seu apoio o resultado da eleição. Resta saber se manterão suas candidaturas ou se caminharão ao lado de Danielle ou Edvaldo, ou, ainda, de outro nome.

O que parece certo é a importância de alianças e de diálogo. Com muitos candidatos, a eleição está aberta e com grande probabilidade de ter Edvaldo Nogueira no segundo turno, afinal, sua aliança já parece bastante consolidada e, em tempos de pandemia, ele é o pré-candidato que mais aparece.

Vamos aos cenários, lembrando que para a projeção ao segundo turno foram utilizados os nomes dos 3 primeiros colocados:

Se as eleições fossem hoje, e os candidatos fossem estes, em quem você votaria:

· Edvaldo Nogueira (PDT) 23,1%

· Delegada Danielle Garcia (Cidadania) 21,1%

· Emília Correa (Patriota) 12,0%

· Valadares Filho (PSB) 11,1%

· Delegado Paulo Márcio (DC) 2,3%

· Rodrigo Valadares (PTB) 1,8%

· Márcio Macedo (PT) 1,6%

· Lúcio Flávio (Avante) 1,4%

· Nulo/Branco 17,4%

· Não sei 8,3%

· Total 100,00%

Combate à corrupção é amplamente apoiado pela população

A pesquisa Dataform realizada entre os dias 16 e 17 de julho mediu o apoio da população aracajuana às ações de combate à corrupção feitas pela Polícia Federal: 90% dos aracajuanos apoiam essas ações. Recentemente, a PF, em parceria com MPF e CGU, realizou a Operação Serôdio em Aracaju, para investigar possíveis irregularidades na construção do Hospital de Campanha da prefeitura.

Belivaldo é reprovado por aracajuanos

O governador Belivaldo Chagas (PSD) parece ter uma dor de cabeça a mais, além da pandemia, segundo pesquisa realidade pelo instituto Dataform, 58% dos aracajuanos reprovam a atuação do governador sergipano. Apenas 28% o aprovam. Fica uma pergunta no ar: o apoio explícito de Belivaldo poderá desgastar a imagem de Edvaldo

Influência de Lula e Bolsonaro entre os eleitores

Outra questão levantada na pesquisa refere-se à capacidade de o ex-presidente Lula e o atual, Bolsonaro, influenciarem diretamente nas escolhas dos aracajuanos. Vejam o resultado.

Se o ex-presidente Lula indicar um candidato a prefeito de Aracaju, você:

· Votaria no indicado dele 27,8%

· Não votaria no indicado dele 42%

· Não interfere 20,3%

Se o presidente Bolsonaro indicar um candidato a prefeito de Aracaju, você:

· Votaria no indicado dele 35,6%

· Não votaria no indicado dele 42%

· Não interfere 21,9

Universo pesquisado – Foram verificados aspectos sociais entre o público. Por exemplo: 30% estão desempregados e 24% empregados; 23% são autônomos; 10% aposentados e 6,5% são empresários, entre outros perfis. Uma ligeira predominância, em números, de homens, 50,25%, sobre as mulheres, 49,75%.

A pesquisa verificou a prevalência do segundo grau completo, no quesito escolaridade, com 60,3%, contra apenas 10% no superior, e ainda assusta um índice de analfabetismo de 2,5%.

A Pesquisa tem margem de erro de 3,46%, intervalo de confiança de 95%, e foi registrada no TRE sob número: SE 02832/2020

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