Atual senador, primeiro presidente do Brasil a sofrer impeachment, Fernando Collor (PTC-AL) virou réu em processo da Lavo Jato, nesta terça-feira, 22, devido aos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por suposta influência política na BR Distribuidora, da Petrobras.
A decisão veio de incluir Collor na Lava Jato partiu da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ao aceitar denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o senador de receber R$ 29 milhões em propina por esquema na BR Distribuidora.
De acordo com a denúncia da PGR, o ex-presidente da República comprou carros de luxo com o dinheiro da suposta propina, a exemplo de um Lamborghini, estimado em R$ 3,2 milhões; uma Ferrari de R$ 1,4 milhão; um Bentley; e duas Land Rover. Tais veículos foram apreendidos na famosa Casa da Dinda, em julho de 2015.
Relator do processo, o ministro Edson Fachin votou a favor de acusação da PGR contra Collor, assim como Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, sem entrar no mérito das acusações que serão analisadas ao fim do processo. Ele entendeu que a denúncia tem indícios legais que autorizam a abertura de ação penal contra o senador.