Desde o início da pandemia ocasionada pelo vírus da Covid-19, o sistema de Transporte Público Coletivo tem sofrido com duras perdas tanto em sua receita, quanto no número de passageiros. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) explica que mesmo com todos os desafios, a prestação do serviço continua a ser reforçada com uma oferta de frota de ônibus bem maior, proporcionalmente, que a demanda.
Para se ter uma ideia, a queda no número de passageiros nos primeiros dez dias de janeiro deste ano, comparando com o mesmo período do ano passado, foi de 43,8%. Já a receita caiu 42,7%. No ano de 2020, o setor perdeu mais de R$ 97,8 milhões comparando com o ano de 2019. Em contrapartida, a frota permanece circulando com 80% da sua capacidade e esse percentual varia para mais diante da disponibilidade diária de veículos extras para o serviço.
Apesar das baixas, o transporte público coletivo também segue com as ações de combate à pandemia e fortalecimento das medidas para manutenção dos postos de trabalho. Permanecem a ações de higienização e limpeza em terminais e ônibus, ações educativas sobre o uso obrigatório da máscara, da lavagem das mãos e da conscientização sobre a troca do uso do dinheiro pelo cartão. Bem como, o Setransp vem tratando com os gestores públicos sobre medidas em prol da mobilidade urbana, como a priorização do transporte coletivo nas vias para contribuir com uma melhor agilidade e segurança na prestação do serviço aos passageiros.
Mas a queda de receita e de demanda no transporte público coletivo é um problema que precisa ser tratado para que não se chegue ao estado de colapso, porque a medida que o tempo passa o desequilíbrio financeiro do setor de transporte aumenta.