O Brasil necessita de um, ou uma, estadista para reger essa complicada orquestra que é o Estado. Uma pessoa tecnicamente qualificada, com estatura moral e respeito político para aglutinar egos em um campo historicamente ocupado por líderes ordinários, impregnados de interesses pessoais ou corporativos.

Pouco importa se essa desejada liderança venha do campo militar, civil ou religioso. Importante é que hasteie como sua bandeira os interesses republicanos acima de quaisquer outros.

Lula, um ex-presidente com muita inteligência e pouca formação, foi absorvido por um esquema criminoso de roubalheira que afundou o país em uma recessão que levará 10 anos para se recuperar. Como paga pelo apoio a Dilma, foi traído quando ela decidiu pela reeleição, deixando o grande companheiro a ver navios.

Investigado, julgado e condenado em todas as instâncias da Justiça, é salvo pelo egrégio STF e desponta como candidato a salvador da pátria, uma vez que Bolsonaro não se dobra aos mecanismos de poder que usa presidentes como marionetes.

É assim que surge o capitão, um sujeito inflamável que não leva desaforo para casa, e rechaça qualquer tentativa de intimidação, venha ela de onde e de quem vier.

Por não se dobrar diante desse establishment, o capitão enfrenta ataques que começaram, no primeiro ano de governo pós-facada, com os incêndios na Amazônia, as acusações de Sérgio Moro, o STF, o Bebiano, o Queiroz, a Mariele, o porteiro do condomínio, a avó de Michele, o petróleo nas praias do Nordeste, o Macron, o Papa, o Intercept, a Globo, a pandemia, a hidroxicloroquina, os bloqueios de pauta do Maia, ufa! … Enfim o homem não conseguiu um único mês de paz.

Surge essa malsinada CPI, claramente com fins políticos, comandada por Renan Calheiros e Omar Aziz entre outros senadores acusados de malversação de recursos públicos. Parece que da comissão só escapam, sem processos em julgamento, o Randolfe e mais uns quatro, entre os seus 18 integrantes, sendo 11 titulares e 7 suplentes.

Nessa esteira, surge um ex-governador cassado, acusado de desviar muitos milhões da saúde, e afirma que o governo federal não ajudou em nada ao Estado do Rio de Janeiro, ameaçando o Bolsonaro sabe-se lá de quê, e requisitando uma audiência privada com a CPI. Pelo que se conhece do modus operandi do douto e probo colegiado, vai conseguir.

Aparece, também, uma nova narrativa na CPI, fortalecida pela grande mídia, de um “gabinete paralelo”, coisa que é comum em qualquer governo, ouvir pessoas de fora sobre tomadas de decisões. O Lulinha mesmo, novo arquimilionário, nos tempos de glória do pai presidente, foi patrono de negociações e interferências graves, à época denunciadas pela revista Veja e pela Globo, mas desprezadas pelos órgãos de fiscalização e controle.

Está aí o resistente Lula, esperto que só ele, evitando ir às ruas, onde pode não ser mais louvado como já fora em tempos que se distanciam cada vez mais do hoje.

Mas não se pode imaginar que o petista não tenha força e recursos para competir numa cara eleição presidencial, mesmo nesses tempos de poder das mídias sociais. O caso da última

eleição, quando Bolsonaro se elegeu com pouco dinheiro, dificilmente se repetirá, embora se saiba que raios caem duas, três ou mais vezes no mesmo lugar. Tudo é possível.

Surgirá a terceira via? Não se sabe. Se ela surgir, com o Ciro Gomes, por exemplo, experiente político paulista-nordestino, ou um tipo como a Luíza, do magazine, como candidata independente, poderá unir o decepcionado povo brasileiro com os políticos de cúpula deste país.

Caso contrário, a nação deverá mesmo escolher entre o bastante conhecido Lula, para novos 4 + 4 anos, já que ele sabe fazer política e dificilmente perderá uma reeleição, e o inflamável capitão Bolsonaro para mais quatro, o homem que cometeu o equívoco de minimizar a força dessa malsinada pandemia.

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