É a 15ª denúncia contra ele, que estava em prisão domiciliar

Denunciado por estupro de vulneráveis, João Teixeira de Faria, popularmente conhecido como João de Deus, teve mais uma vez sua prisão decretada pela prática de crimes sexuais. A prisão, a pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), foi acatada pela Justiça e o mandado de prisão foi cumprido nesta quinta-feira (26).

De acordo com o MPGO, a decisão de hoje está relacionada a uma denúncia por estupro de vulnerável envolvendo oito mulheres. As acusações contra João de Deus começaram a vir a público em dezembro de 2018, quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual contra mulheres que o procuravam em busca de ajuda espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiania (GO).

Em nota, os procuradores informam que a denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça de Abadiânia, relaciona outras 44 vítimas, “mas, em razão de os crimes estarem prescritos ou ter decaído o direito de representação da ofendida, elas figuraram como testemunhas, notadamente para reforçar a forma de agir do denunciado”.

Esta é a 15ª denúncia contra ele. O MP informa que os casos ocorreram entre 1986 e 2017, envolvendo vítimas vindas de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.

Das 14 denúncias anteriores – todas por crimes sexuais – João de Deus já recebeu três condenações. Em uma delas, a 40 anos de reclusão por cinco estupros de vulneráveis. Nas outras duas foi condenado a 19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada, violação sexual mediante fraude, e 2 estupros de vulneráveis; e em outra a 2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima.

Ele foi também condenado a 4 anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.

Preso desde 16 de dezembro de 2018 no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), João de Deus obteve o benefício da prisão domiciliar em março de 2020, por conta da pandemia da covid-19.

 

Agência Brasil

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