*Por Amanda Prata

A automedicação como uso irracional, compreende o uso de medicamento sem prescrição, orientação e/ou acompanhamento médico. Esta definição difere do conceito de automedicação responsável, que define o uso de medicamento não prescrito, porém, sob a orientação e acompanhamento do farmacêutico que irá favorecer uma conduta racional para uso dos fármacos.

Riscos

Os riscos da automedicação para o indivíduo são:

  • o diagnóstico incorreto, devido ao mascaramento dos sintomas, possibilitando o agravamento do distúrbio;
  • a escolha do medicamento inadequado;
  • a administração incorreta, dosagem inadequada, uso curto ou prolongado do medicamento;
  • dependência;
  • efeitos indesejados;
  • desconhecimento das interações com outros medicamentos;
  • reações alérgicas, intoxicações;
  • armazenamento incorreto e uso do medicamento fora do prazo de validade.

O Brasil é um dos principais consumidores mundiais de medicamentos, destacando que o setor farmacêutico não segue os números pedidos pela OMS que recomenda 1 farmácia a cada 10.000 habitantes, quando que o país possui 3,3 farmácias para cada 10.000 habitantes.

A incansável busca da conscientização da população quanto ao perigo da automedicação pelos profissionais de saúde é de suma importância para que nos tornemos país modelo em utilização de medicamentos de forma responsável, ou seja, sob orientação médica.

Papel do farmacêutico

O farmacêutico dentro de suas habilitações é o profissional capacitado para prestar assistência farmacêutica, cujo objetivo principal é conscientizar o indivíduo/paciente que os medicamentos utilizados corretamente e sob orientação médica propiciam alívio de males que afetam a sua saúde, promovendo assim  o uso racional dos medicamentos  que pode  contribuir para a diminuição dos números de intoxicação e internações hospitalares, e conseqüentemente atuar mais em níveis de prevenção e promoção da saúde, proporcionando melhor alocação dos recursos disponíveis.

É possível acabar com a automedicação?

Impossível, contudo é possível minimizá-la, cabendo haver uma estreita relação entre profissional e paciente de modo a garantir o bem-estar da população de modo geral.

*Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Sergipe em 2007, Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2015.

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