*Por Evelyn Mateus

Entenda a diferença entre essas duas condições

Apesar de confundirem algumas pessoas, por se tratarem de reações ao mesmo alimento, a alergia à proteína do leite de vaca (comumente chamada de APLV) e a intolerância à lactose, são problemas distintos, que ativam mecanismos diferentes e necessitam de tratamentos específicos para cada caso.

Na alergia, o sistema imunológico entende que a proteína do leite é um agente invasor e envia células de defesa para combate-la. Normalmente se manifesta na infância, em crianças com até 2 anos de idade e pode regredir até a fase adulta.

Suas manifestações mais comuns são dermatológicas (coceira, dermatite atópica, vermelhidão e inchaço de lábios e/ou pálpebras), respiratórias (chiado, obstrução respiratória, tosse seca e rinite) e digestivas (constipação, diarreia, refluxo e vômito). Além de disfunções derivadas da alergia, como baixo ganho de peso e retardo no desenvolvimento e crescimento infantil.

Uma vez que diagnosticada APLV, o único tratamento é a exclusão de todo e qualquer alimento derivado do leite da dieta da criança.

Já a intolerância é uma reação à má digestão ao carboidrato/açúcar do leite (lactose), ou seja, a enzima lactase – responsável pela digestão desse carboidrato – não consegue exercer sua função, causando sintomas exclusivamente relacionados ao trato gastrointestinal, tais como flatulência, distensão abdominal, indigestão, azia, náuseas, diarreia ou constipação.

Ao contrário da alergia, pessoas com intolerância à lactose podem consumir laticínios, contanto que o produto venha descrito “sem lactose” ou fazendo uso da enzima lactase alguns minutos antes da refeição que venha a conter leite.

Pode surgir em qualquer idade, não regride ao longo do tempo e se dá de três formas:

A intolerância à lactose congênita: doença rara, na qual a atividade da enzima

lactase está ausente ou reduzida a partir do nascimento.

A hipolactasia primária ou deficiência de lactase típica do adulto: também tem origem genética, mas só se manifesta depois do desmame, a partir dos 2 ou 3 anos de idade ou na fase adulta.

A hipolactasia secundária: é uma condição derivada de danos secundários à mucosa do intestino delgado, como infecções intestinais, colite ulcerativa, doença celíaca e doença de Crohn.

Apesar de existir no mercado produtos isentos de lactose, é de suma importância a orientação de um profissional nutricionista para que não haja confusão na hora de escolher e para que a alimentação não seja deficiente em cálcio, vitamina D e todos os outros nutrientes presentes em abundância no leite.

* Evelyn Mateus – Nutricionista formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Pós-Graduada em Nutrição Clínica e Esportiva pela FATELOS

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