Conhecida por sua versatilidade, o Cânhamo – que é da mesma família da Cannabis Sativa – tem chamado a atenção de pesquisadores por conta das suas diversas possibilidades de uso. A planta tem se tornado componente importante nas indústrias alimentícia, de medicamentos, de combustíveis, têxteis e, até mesmo, na construção civil.
De acordo com especialistas, o Cânhamo tem uma concentração baixa de THC (tetra-hidrocanabiodiol), substância da Cannabis que promove efeitos alucinógenos. O índice costuma ser de 0,3%, bem mais baixo em relação ao que é encontrado na maconha. Ainda assim, o seu cultivo é proibido por lei no Brasil.
Mirene Morais
Segundo a empresa de inteligência Kaya Mind, o Brasil poderia faturar R$ 4,9 bilhões com a venda dos seus derivados. “Além de impactar a economia, o Cânhamo poderia ser mais um forte aliado da terapia canábica para minimizar a dor de milhões de pessoas que sofrem com doenças crônicas ou neurológicas, como o câncer, a fibromialgia, o Alzheimer e a depressão”, afirma a médica Mirene Morais, certificada internacionalmente em Medicinal Endocanabinóide.
Estudos mostram que o Cânhamo é cultivado por suas sementes, que são usadas na produção de alimentos, suplementos nutricionais, medicamentos e cosméticos. Já o caule e as fibras servem para a produção de papel, tecidos, cordas, compostos plásticos e materiais de construção.