Estudos mostram que casos de violência associados ao Pix, como roubo de celulares e sequestros-relâmpago, têm aumentado vertiginosamente no país; veja como se proteger
Não há como negar que o Pix, sistema de pagamentos eletrônicos instantâneos criado pelo Banco Central, facilitou muito a vida financeira dos brasileiros nos últimos meses. Prova disso é que em janeiro deste ano (pouco depois de completar um ano de existência), ele já era utilizado por 71% da população.
Mas, à medida em que o novo sistema de pagamentos se popularizou pelo país, o número de pessoas mal intencionadas utilizando da tecnologia para praticar violência e aplicar golpes financeiros também cresceu.
Para ter uma ideia, um levantamento da empresa de segurança PSafe mostrou que, enquanto entre fevereiro e março foram detectadas pouco mais de 92 mil tentativas de golpe do Pix no país, nos dois meses seguintes este número saltou para mais de 424 mil – um aumento de mais de 350%. “Isso corresponde a quase 7 mil tentativas deste golpe com este tema por dia, mais de 280 por hora e quatro por minuto somente entre os meses de abril e maio”, alerta o executivo-chefe de segurança da PSafe, Emilio Simoni, em um artigo publicado no site da empresa.
Mas os golpes não são a única ameaça aos usuários do novo sistema de pagamentos eletrônico. Relatos de pessoas que são roubadas com o celular desbloqueado ou coagidas a realizar transferências via Pix durante assaltos a mão armada também têm aumentado vertiginosamente e preocupado autoridades nos últimos meses.
Um estudo do Departamento de Economia do Crime (Depec) da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), mostrou que, somente na região da Avenida Paulista, em São Paulo, o crime de roubos de celulares aumentou em 150% nos quatro primeiros meses de 2022, ante o mesmo período do ano passado.
Dados obtidos pelo portal R7 por meio da Lei de Acesso à informação também mostraram que a média mensal de sequestros-relâmpago no estado cresceu 35,40% desde a chegada do Pix.
Roubos com Pix: como se proteger?
Diante dos números alarmantes, algumas instituições financeiras já começaram a criar mecanismos de defesa para proteger seus clientes. É o caso, por exemplo, do BTG Pactual – que recentemente lançou ao mercado o Seguro Pix Protegido.
O serviço, que pode ser contratado de maneira rápida e intuitiva pelo app do BTG Banking, também é valido para outros tipos de transação, como TED e DOC, e para movimentações realizadas a partir da conta-corrente transacional ou da conta de investimentos. Assim, por menos de R$ 1 por dia (e sem carência ou franquia), os clientes conseguem proteger seu patrimônio diante de situações de ameaça.
Além da contratação de um seguro, outras medidas de segurança podem ser tomadas para evitar perdas associadas ao uso do Pix. Veja alguns exemplos abaixo:
- Configurar um valor limite para esse tipo de transação no aplicativo do seu banco;
- Entrar em contato com a pessoa que vai receber o dinheiro antes de realizar a transação para confirmar sua identidade;
- Evitar clicar em links de pagamento compartilhados pelas redes sociais;
- Desconfiar de promoções ou descontos exorbitantes para pagamentos via Pix.
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