Furacão de categoria 2 provavelmente se tornará de categoria 3 à medida que se move pelas águas quentes do Caribe em direção às Ilhas Turks e Caicos
O furacão Fiona atingiu o norte na noite desta segunda-feira (19) após trazer chuvas torrenciais e ventos fortes para a República Dominicana e provocar uma queda total de energia no vizinho Porto Rico, onde pelo menos duas pessoas morreram.
O furacão de categoria 2 provavelmente se tornará de categoria 3 à medida que se move pelas águas quentes do Caribe em direção às Ilhas Turks e Caicos.
Fiona foi atualizado para uma categoria 2 com ventos de 169 km/h pelo Centro Nacional de Furacões na noite de segunda-feira (19).
Na terça-feira (20), o centro de Fiona deve passar perto ou a leste do arquipélago, que está sujeito a um alerta de furacão atual, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). As condições de tempestade tropical também eram esperadas nas Bahamas.
Após bombardear Porto Rico, o furacão Fiona atingiu a República Dominicana, perto de Boca Yuma, às 3h30, horário local, de acordo com o NHC. O centro da tempestade atingiu a costa norte de Hispaniola antes do meio-dia.
Este é o primeiro furacão a atingir diretamente a República Dominicana desde que Jeanne deixou danos graves no leste do país em setembro de 2018.
Fiona causou graves inundações, deixando vários vilarejos isolados e cerca de 800 desalojados e mais de 11.000 pessoas sem energia elétrica na região leste do país.
“O dano é considerável”, disse o presidente da República Dominicana, Luis Abinader. Ele planeja declarar estado de calamidade nas províncias de La Altagracia, onde fica o famoso balneário de Punta Cana, El Seibo e Hato Mayor.
Em La Altagracia, no extremo leste do país e onde o furacão atingiu o continente na manhã de segunda-feira, o transbordamento do rio Yuma danificou áreas agrícolas e deixou várias cidades isoladas.
As concessionárias de eletricidade e água estão trabalhando para restaurar os serviços nas áreas afetadas.
Em Porto Rico, território dos Estados Unidos, os moradores ainda enfrentavam ventos fortes, raios frequentes e chuvas fortes.
Fiona chegou lá na tarde de domingo (18), despejando até 76 cm de chuva em algumas áreas.
A tempestade ocorre cinco anos depois que Porto Rico foi devastado pelo furacão Maria, que desencadeou o pior apagão de energia da história dos EUA.
O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, na segunda-feira, prometendo aumentar o pessoal de apoio enviado à ilha nos próximos dias.
“O presidente disse que garantirá que a equipe federal permaneça no trabalho para fazê-lo”, segundo a Casa Branca.
A administradora da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA), Deanne Criswell, viajará para lá na terça-feira.
Jeannette Rivera, 54, relações públicas em Orlando, Flórida, disse que não falava com sua família desde um telefonema irregular no início de domingo.
Ela teme pela segurança de seus pais e pela saúde de seu pai de 84 anos, que acabara de contrair Covid-19 e estava com febre.
“Minha preocupação é que, se eles precisarem de ajuda, não haja como se comunicar”, disse Rivera.
CNN Brasil