A osteoporose é uma enfermidade caracterizada pela redução da qualidade do osso, ou seja, é um processo de fragilidade óssea desenvolvido ao longo dos anos que favorece a ocorrência de fraturas provocando dor e imobilidade. Cerca de 15 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil, como explica a médica especialista em geriatria e gerontologia e mestre em Cièncias da Saúde, Dra Juliana Silva Santana Pereira.
“Uma a cada três mulheres e um a cada oito homens desenvolverão a doença ao longo da vida. As causas podem ser um somatório de fatores genéticos e ambientais como o tabagismo, estilismo, sedentarismo, menopausa precoce e imobilismo. Existe ainda a osteoporose secundária a doenças crônicas ou ao uso crônico de alguns medicamentos como corticoides”, explica.
Segundo a especialista, a doença também atinge homens e para eles ela pode ser ainda mais fatal. Ela orienta para que tanto as mulheres quanto os homens não devem aguardar o surgimento dos sintomas. “O diagnóstico pode ser clínico apenas com somatório de fatores de risco que pontuaram em uma escala específica ou, como normalmente fazemos, através do exame da densitometria óssea que avalia densidade mineral óssea. É um exame simples, rápido, não invasivo, que muito nos ajuda tomar decisões”, disse.
Dra Juliana Silva Santana Pereira, geriatra
A densitometria óssea é indicada para todas as mulheres com menos de 65 anos pós menopausa ou todas acima de 65 anos e para todos os homens de 70 anos ou mais ou com mais de 50 anos que tenham fatores de risco. Dra Juliana Silva orienta para não aguardar sintomas. “A busca pela osteoporose deve ser de forma ativa e visando prevenção de fraturas”, alerta.
Para o tratamento é necessário associar medicamento com medidas não medicamentosas. Há um arsenal de medicamentos vastos que incluem drogas orais e injetáveis, variando com gravidade da osteoporose e comorbidades associadas do paciente. Em relação ao tratamento não medicamentoso destacam-se atividade física resistida, alimentação saudável, rica em cálcio, e banho de sol
Prevenção
A prevenção inicia desde a infância e adolescência, buscando um crescimento e desenvolvimento ósseo maior e melhor. A alimentação deve garantir uma ingestão adequada de cálcio, vitamina D e prática de exercícios físicos. “Deve-se evitar fumar e beber e fazer reposição de cálcio e vitamina D, na ocasião de doenças ou uso de medicamentos que cursem com perda mineral óssea”. A médica lembra ainda a importância do banho de sol em horários de sol quente, expondo os membros superiores e inferiores, de preferência em movimento.