Afirmações nas redes sociais de que abstenções
mudam processo das eleições não passam de boatos

 

Não é fácil achar um cidadão que esteja satisfeito com a situação política do Brasil. É possível notar em conversas do dia a dia, em postagens nas redes sociais, que a insatisfação é predominante. A elevada abstenção de 32,5% do eleitorado nas eleições municipais de 2016 já foi uma prova do estranhamento político entre os eleitores e os candidatos que os representam em Sergipe.

Há uma grande parcela de eleitores, inclusive, que está disposta a anular seu voto em sinal de protesto contra o que os políticos brasileiros estão fazendo ao país.  No entanto, o coordenador das eleições do Tribunal Regional Eleitoral em Sergipe, Marcelo Gerard, faz um alerta a esse respeito. Mesmo que ocorra um número elevado de votos brancos e nulos, demonstrando o descontentamento da população em relação aos candidatos sobre o sistema democrático e a realidade do país, o resultado das eleições não muda, apesar de boatos disseminados na rede social afirmarem o contrário. “Independe a quantidade de votos brancos e nulos para o resultado da eleição. A escolha dos candidatos é definida apenas por votos válidos”, adverte.

Com o anúncio das pré-candidaturas dos possíveis concorrentes nas eleições de 2018, a população começa a pensar novamente em quem pretende votar. O coordenador das eleições do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Marcelo Gerard, explicou ao CINFORM como a Justiça Eleitoral vê o voto.

Michele de Oliveira

“A Justiça Eleitoral encara o voto como uma expressão da democracia. A importância do voto é justamente ter o sistema funcionando com legitimidade, e quem dá essa legitimidade a toda estrutura política do país é o voto”, destacou.

A Justiça Eleitoral realiza diversas campanhas de conscientização sobre o voto, como por exemplo, o Projeto Eleitor do Futuro, do TRE-SE, que visita escolas particulares e públicas com palestras sobre cidadania e eleições. “Nossa intenção é mostrar aos novos eleitores, aqueles que já estão na idade de fazer o primeiro título, a importância de votar escolhendo seu próprio candidato e não seguindo orientações de terceiros ou através de benesses que alguns candidatos oferecem de forma incorreta”, explica Marcelo, sobre as ações do TRE-SE.

Para o coordenador das eleições, a melhor maneira do povo demonstrar suas decisões é através da sua escolha na urna. “O voto é a manifestação pública do eleitor pelos caminhos que o país deve seguir”, destacou.

Porém a manifestação tem sido contrária ao que a Justiça Eleitoral espera pois, já nas eleições municipais de 2016, o número de abstenções, votos nulos e brancos chegou a 32,5 % do eleitorado brasileiro, uma demonstração da insatisfação popular.

Vereadora Emília Correia (PEN)

Michele de Oliveira é ambulante, trabalha em frente do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e declara que nas próximas eleições não irá votar em nenhum candidato. “Eu não vou votar em ninguém porque todos são ladrões. Sai um e entra outro. Esses políticos têm que começar a fazer o certo, porque ou eles roubam o dinheiro das crianças na educação ou roubam o dinheiro da saúde”, declara a ambulante que afirma que estará presente nas eleições 2018, porém votará em branco.

Tal situação preocupa alguns políticos, como por exemplo a vereadora de Aracaju, Emilia Correia (PEN). “É uma das maiores preocupações que tenho hoje em termos de Brasil, não só como política, mas como cidadã. O que eu observo é o seguinte: existe uma camada dos votos no Brasil, estou falando em termos de Sergipe e Aracaju, que são votos compráveis, isso é fato! E os políticos que têm origem nessa linha da ação sabem disso.” Emília explica que aquele que deixa de votar dá espaço para que os votos comprados ganhem destaque na eleição.

 

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