O ato de amamentar deveria ser um processo natural e fisiológico, mas nem sempre é assim.Muitas mulheres e suas famílias podem apresentar dificuldades, dúvidas, crenças, além de questões sociais que acontecem nos primeiros dias após o nascimento do bebê. Para auxiliar essas mães sobre esses tabus, existe a Rede Sergipana de Bancos de Leite Humano e Posto de Coleta, vinculadas à Fiocruz, que têm o papel de orientar sobre a importância da amamentação.

“Muitos bebês nascidos de baixo peso ou prematuros, por questões clínicas, estão nas UTIs neonatais e ficam por um período sem conseguir mamar no peito. Diante dessa situação, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano/Fiocruz se configura como uma ação estratégica da Política Nacional de Aleitamento Materno, pois além de coletar, processar e distribuir leite humano a bebês prematuros e de baixo peso os Bancos de Leite Humano, realizam atendimento de orientação e apoio a amamentação”, explica a coordenadora da Rede Sergipana de Bancos de Leite Humano e Posto de Coleta, Magda Solange Dória Vieira.

O leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê. Ele deve ser dado com exclusividade até os seis primeiros meses de vida. Além de saciar a fome, ele fortalece o vínculo afetivo com a mãe e diminui a chance de várias doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Ele também contém vitaminas, minerais e anticorpos que favorecem o bom desenvolvimento infantil, prevenindo infecções e evitando internamentos.

Magda Solange Dória Vieira, coordenadora da Rede Sergipana de Bancos de Leite Humano

O Banco de Leite Humano Marly Sarney, referência estadual em aleitamento materno, tem como a unidade mantenedora a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, única no alto risco em Sergipe, prestando assistência em todo o Estado e além fronteiras, objetivando a segurança alimentar do recém-nascido na instituição, como também para o fortalecimento das Políticas de Aleitamento Materno, como o Qualíneo e Iniciativa Hospital Amigo da Criança.

“Como esforço das nossas equipes, foram entregues no ano de 2022 no complexo de UTI neonatal 1.087 litros de leite humano pasteurizado. Apesar desse número expressivo, estamos fornecendo o aquém da necessidade, por isso a importância da mídia, da mobilização social e da conscientização dos profissionais de todas as áreas no apoio, promoção e proteção do aleitamento materno. Todo o esforço da sociedade e das entidades é necessário para diminuição e erradicação da mortalidade neonatal e infantil no nosso estado e país”, comenta a coordenadora.

Bancos de Leite Humano

De acordo com Magda Solange Dória, para atender a necessidade da rede durante um mês são necessários 400 litros de leite humano. Atualmente, são captados somente 150 litros. Quem quiser doar pode entrar e contato com a Rede Sergipana de Bancos de Leite Humano e Posto de Coleta.

• Banco de Leite Humano Marly Sarney: Rua Mato Grosso, s/n. Bairro José Conrado de Araujo. Aracaju (SE). Telefone (79) 3226-6301. Email blhumano.mnsl@saude.se.gov.br.
• Maternidade Nossa Senhora de Lourdes: Avenida Presidente Tancredo Neves. Bairro América. Aracaju (SE). Telefone (79) 3225-8650.
• Banco de Leite Humano Irmã Rafaela Pepel: Rua Jackson de Figueiredo, 401. Centro, Itabaiana (SE). Telefone (79) 3431 -2290, Fax (79)3431-2290. E-mail diretoria@msjose.xom.br.
• Maternidade Zacarias Júnior/Banco de Leite Humano Zóed Bittencourt: Rua Hipólito Santos. Centro, Lagarto (SE). Telefone (79) 3631-2723. Fax (79) 3631-9319. Email bancodeleite@maternidadelagarto.com.
• Posto de coleta do Hospital Santa Isabel Dr. Fernando Guedes: Avenida Simeão Sobral. Bairro Santo Antônio. Aracaju (SE). Telefone (79) 32124900. Fax (79) 3236-2053.