A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) iniciou, nesta segunda-feira, 16, as comemorações do Centenário de Maria Théthis Nunes. O evento é realizado em parceria com a Academia Sergipana de Letras e o Colégio Estadual Atheneu Sergipense.
Maria Thétis Nunes trabalhou como professora e pesquisadora durante 64 anos. Ela publicou mais de dez livros, além de artigos e ensaios em revistas científicas e ocupou a cadeira de número 39 da Academia Sergipana de Letras.
O assessor especial da Mesa Diretora da Alese, Jorge Carvalho, lembrou a importância desta professora e destacou a necessidade de relembrar esta história para que todos saibam mais sobre a cultura do estado.
“Os estudantes e os professores precisam conhecer esta história. Esse conhecimento fica muitas vezes restrito a quem é da área de história, mas pela importância dela, é necessário falar sobre. Ela foi membro do conselho estadual de educação e de cultura, ou seja, é uma mulher que, com toda certeza, é o mais importante do intelectual de Sergipe no século XX”, afirmou.
O diretor de comunicação da Alese, Irineu Fontes, conhece esta história, principalmente por ter participado da vida da professora. Ele contou que frequentou a casa de Maria Thétis e sabe da necessidade de deixar esta mulher sempre viva.
“Eu a conheço desde criança e ela é muito importante. A Assembleia vem fazendo esse reconhecimento e homenageando pessoas importantes como a professora. É importante para a memória de Sergipe, já que o brasileiro tem a memória muito curta e a gente precisa manter essa memória viva para fazer o nosso presente e construir o futuro dessa nação”, declarou.
O presidente da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento, relembrou o período em que ela trabalhou como diretora do Colégio Atheneu, ainda quando a escola estava iniciando os serviços.
“Ela foi a responsável por trazer o Athaeuzinho, onde hoje é o Museu da Gente Sergipana, para este prédio que estava sendo recém-inaugurado. E foi durante a sua gestão que foi a responsável por fiscalizar a construção do Teatro. Além disso, tem ainda as contribuições para a vida cultural da cidade”, falou.
O diretor do Atheneu, Daniel Lemos, apontou Maria Thétis como um exemplo a ser seguindo. Segundo ele, a profissional tem, em seu legado, a referência necessária para todos os trabalhadores da educação e da cultura sergipana.
“É uma referência para todo o funcionalismo público do estado e para a educação. É uma mulher que veio para Aracaju para estudar e se formar professora, então é muito importante ter esta mulher para se referenciar”, disse.
O sobrinho da professora, Fernando Nunes Filho, representou a família. Ele destacou a importância dela também com seus ensinamentos acadêmicos para os parentes nas salas de aula.
“Para mim, foi muito importante não apenas ser sobrinho, como também ser aluno dela, aprendi bastante com toda a sua bagagem que ela tinha viajando e lendo. Esse reconhecimento ao trabalho dela é muito importante porque os livros eram a vida dela, era como se fossem filhos”, afirmou.
A comemoração está sendo realizada no Centro de Excelência Atheneu Sergipense, localizado na Praça Graccho Cardoso, em Aracaju, e segue até a próxima quinta-feira, dia 19.
Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese