Vê que treta pesada. Os deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo, aprovaram quarta passada, o projeto de lei que institui a ‘Segunda Sem Carne’ em todo Estado. Se sancionada, a lei prevê que escolas da rede pública e estabelecimentos que fornecem refeições aos órgão públicos, como penitenciárias e os restaurantes do Bom Prato – uma espécie de Padre Pedro – ficarão proibidos de fornecer alimentos com carne e derivados às segundas-feiras.
A proposta aguarda agora a sanção do governador Geraldo Alckmin, que presidenciável, tá com essa bucha na mão em pleno ano eleitoral. De um lado pode desagradar os pecuaristas, fortes financiadores de campanha. Do outro, pode desagradar os ativistas vegetarianos e defensores dos direitos dos animais, que são um dos grupos mais articulados da internet.
Alckmin deve se pronunciar agora após o recesso.
O autor do projeto aprovado é o deputado do PEN, Feliciano Filho, que objetiva chamar atenção da sociedade para as consequências do consumo da carne e seus derivados. “A produção industrial de carnes é uma das maiores fontes de poluição do meio ambiente, consome um enorme volume de recursos naturais e energéticos, além de gerar bilhões de toneladas de resíduos tóxicos sólidos, líquidos e gasosos”. Quem descumprir a lei, pelo que está previsto, receberá uma leve multa correspondente hoje a R$ 7.500,
“Numa democracia, não cabe ao Estado ditar o que o cidadão deve consumir, nem interferir na ordem legal da economia por meio de artificialidade nas leis de mercado”, disse em nota a Associação Brasileira das Indústrias de Exportadoras de Carne (Abiec).
“Um dia a menos de carne, só na rede Bom Prato, significaria cerca de seis toneladas a menos, o equivalente a 30 vacas adultas“, afirmou o deputado Feliciano em sua página no Facebook.