Aprender outra língua morando em um país diferente é o desejo de muitos jovens. Viver imerso em uma cultura no exterior é uma oportunidade de obter conhecimento. Além disso, alguns jovens aproveitam o momento para realizar trabalhos em prol da comunidade.
Como foi o caso do estudante de engenharia civil, Thiago Rocha, que deu aulas de inglês durante seis semanas para crianças e adolescentes na cidade de Cúcuca, na Colômbia, em 2016.
“O principal acréscimo do intercâmbio foi a língua espanhola, que fui sem saber e hoje já consigo estabelecer tranquilamente uma conversa. Foi muito bom poder conhecer a cultura colombiana imerso da forma que eu estava, fiquei verdadeiramente apaixonado”, comentou.
Aiesec
A Aiesec é uma plataforma de desenvolvimento jovem internacional que tem como objetivo a paz mundial e o preenchimento das potencialidades humanas. Para a organização, a liderança é a principal solução para o mundo. Ela pode ser desenvolvida em qualquer pessoa.
Na plataforma há um projeto chamado “Voluntário Global”, para jovens de 18 a 30 anos que queiram viver esse tipo de experiência.
A diretora da gestão atual, Catarina Simões, conta que apesar de ser um programa social, o intercambio da Aiesec tem um valor menor do que outros tipos de programa.
“O intercambio não é de graça, porém o custo é a passagem área do intercambista, o seguro-saúde e a taxa de manutenção da Aiesec. Então ele é um intercambio mais barato, enquanto você paga dez mil reais em outro lugar para fazer um intercâmbio, na Aiesec você gasta 5 mil reais com tudo”, explica.
Os projetos são pautados nas metas de desenvolvimento sustentável da ONU, traçadas para que, nos próximos 20 anos, a sociedade se transforme de uma maneira que o mundo melhore. Catarina conta que os projetos sociais são voltados principalmente a países que precisam resolver algumas metas. Ela, por exemplo, fez seu intercambio no Egito, onde passou três meses ensinando idiomas para órfãos.
México
O músico Victor Silveira, de 23 anos, está no México executando o projeto Semeando Histórias na cidade de Culiacán, no estado de Sinaloa. Característica por sua atividade rural, a cidade possui famílias de baixa renda que vivem de forma precária. Victor dá aulas sobre multiculturalidade, higiene e plano de vida para os filhos dos agricultores da região.
“Foi muito marcante ver a bolha em que vivem os meninos, e o quanto a maioria esmagadora deles sonha em ser narcotraficantes um dia, outra característica marcante da Sinaloa, infelizmente”, destacou.
Esse é o segundo intercâmbio do jovem, o primeiro foi no início de 2016 em um projeto anti-bullying no Peru. Victor Silveira considera que a experiência de viajar o faz enxergar os aspectos da vida de outro ângulo.
“A oportunidade de estar ali conhecendo outros intercambistas do mundo todo e descobrindo como vivem os locais, de poder liderar algo e se desenvolver muito nesse e em vários outros sentidos é algo que eu aconselho a todo mundo. Viajar e conhecer os lugares é muito bom, mas se você tem a oportunidade de unir isso a um propósito, é melhor ainda”, afirma.