Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, uma ameaça silenciosa se torna cada vez mais proeminente: as picadas de escorpião. Esses aracnídeos, muitas vezes escondidos em locais escuros e úmidos, tornam-se mais ativos durante esta época do ano e podem representar um perigo maior para as pessoas.
As altas temperaturas são um estímulo para o aumento da atividade dos escorpiões. Em busca de abrigo e alimento, eles se aproximam de áreas residenciais e, eventualmente, entram em contato com seres humanos. Por isso, é extremamente importante adotar medidas preventivas, como manter a casa limpa e organizada, vedar frestas e buracos.
Ana Paula Barros, médica veterinária
“Os escorpiões preferem locais quentes e úmidos e necessitam de alimento, água, abrigo e acesso. O lixo atrai baratas, que servem de alimentação. Além disso, eles procuram entulhos e se infiltram em redes de esgoto, tubulações de água e de energia que são ambientes mais escuros e úmidos”, explicou a médica veterinária e referência técnica do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos da Secretaria de Estado da Saúde, Ana Paula Barros.
Até o início de novembro, foram registrados 2.232 acidentes por picada de escorpião no estado. Os acidentes podem ser leves, moderados ou graves. Nas pessoas, o veneno é capaz de afetar o sistema nervoso, causando muita dor no local da picada. A orientação é que, após a picada, o local seja lavado com água e sabão. Também é necessário buscar atendimento médico.
Quando indicado, o tratamento é realizado através do uso do soro antiescorpiônico. O serviço é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível nos hospitais públicos de referência. “Para orientação, a pessoa pode se dirigir à unidade de saúde mais próxima ou para a Vigilância Epidemiológica do município. Para informações a respeito do que fazer diante do acidente, é possível entrar em contato pelo telefone do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Sergipe (Ciatox), no número 0800-722-6001”, informou a médica veterinária.