“O vermelho do iogurte de morango industrializado vem de um inseto que chama cochonilha. A mesma indústria que aceita 87 partes de inseto por milhão de partes na manteiga de amendoim e 74 partes por milhão no chocolate. Ou seja, andamos a comer inseto. O que é pior; ingerir uma formiga conscientemente ou comer inseto enganado? O pior cego é o que não quer ver”. Com essa oração, o chef do estrelado D.O.M. abria sua participação no Simpósio Sangue Na Guelra, em Portugal. “Até quando não vamos entender que por trás de um prato de comida existe uma morte?”
Na semana que passou, pesquisamos com os sergipanos – 1032 pra ser mais exatos – como anda nossa cultura medieval de consumo de proteína animal. Qual a perspectiva pro futuro: queremos mais ou estamos buscando tirar da mesa? Quanto temos gastado mensalmente? Onde confiamos comprar? Onde nunca compraríamos? São muitas perguntas reveladoras.
‘SE PUDESSE…’
A primeira pergunta de nossa pesquisa procurou saber, diante de 3 frases, qual mais representava o pensamento do entrevistado. A maioria comeria mais se pudesse, mas uma grande parcela pensa em dimunir o consumo.
E O QUE ISSO SIGNIFICA EM DINHEIRO?
Cerca de 84% dos entrevistados gastam até 300 reais. Mais de 50% do público entrevistado tem o hábito de comprar proteína animal semanalmente. Apenas 21% compram mensalmente. Carne fresca.
PREFERÊNCIAS
Perguntamos aos entrevistados que tipo de carne mais consumiam. A pesquisa detectou que cordeiro, carne suína e pescados representam menos de 10% da preferência dos entrevistados. A carne bovina ocupa cerca de 62% da preferência de consumo. O frango, 32%.
A RAINHA PICANHA E O NOVATOS
Já que o boi é quem manda, em pergunta de múltipla escolha procuramos saber quais cortes especiais o entrevista já havia consumido? A picanha aparece no histórico de consumo de mais de 90% dos entrevistados, com o t-bone e o chorizo disputando cabeça à cabeça o segundo lugar.
A ESCOLHA DOS ESTABELECIMENTOS
Frango é no supermercado. Carne bovina, no açougue. Peixe no mercado público. A pesquisa também traz um estudo sobre a preferência dos estabelecimentos que os entrevistados optam na hora da compra da proteína de origem animal.
NA FEIRA NÃO!
‘Onde você nunca compraria carnes?’ Pra 74% dos entrevistados, as feiras livres não são lugar pra isso. Em seguida, mercados públicos, com 15,41%. O açougue, com 1,7% é o menos rejeitado.
QUALIDADE E PREÇO
A qualidade e o preço pesam mais para a maioria dos entrevistados em pergunta de múltipla escolha. O que menos importou foi o local onde foi beneficiado.
SOBRE OS ENTREVISTADOS
O público feminino foi maioria dos respondentes, 59%.
Do total, 75% tinham entre 20 e 39 anos.
A renda mensal de 17% está acima dos 10 salários mínimos.