Professor Jossimário é o pré-candidato mais jovem do Brasil ao Senado
O PSOL de Sergipe terá chapa ‘puro sangue’ para as eleições majoritárias deste ano e escolheu o professor Jossimário Mick para disputar uma das duas vagas para o Senado. O educador aceitou o convite e afirmou estar preparado para o desafio. Aos xx anos, Professor Jossimário é o pré-candidato mais jovem do Brasil ao Senado. Ele defende uma renovação política e critica o atual cenário.
“Sergipe tem tradicionalmente um forte coronelismo impregnado em sua política. Disputar uma das duas vagas do Senado é um ato de coragem, pois esta casa é historicamente ocupada pela ‘nata’ da elite brasileira, pelos latifundiários deste país. Quando um jovem de origem pobre, filho de ex-empregada doméstica que conhece na prática o sofrimento vivido pelos menos favorecidos chega para ocupar esse espaço é a possibilidade de termos de fato no congresso o povo representado”, planeja.
O espírito de liderança sempre acompanhou o Professor Jossimário que desde criança aera eleito líder da turma do ensino fundamental. “No Colégio Agrícola, fui 1º Secretário do Grêmio Estudantil, mas foi no Atheneu Sergipense que meu espírito de liderança aflorou com mais intensidade quando presidi a ONG científica Clube Estudantil de Geologia Amadorista de Sergipe – CEGAS – de 1999 a 2003. Foi nesse período que tivemos contato com a luta social, os movimentos estudantis, no debate das políticas para a juventude, negro, índio, a comunidade LGBTI, as políticas públicas para as mulheres”, recorda
Trajetória
Natural de Aracaju, Jossimário Mick é formado em Secretariado Executivo e possui duas licenciaturas, em Português-Inglês e Português-Espanhol e uma pós-graduação na área da educação. O pré-candidato ao Senado foi técnico agrícola, fez consultoria ao Sebrae, estudou no Conservatório de Música de Sergipe, foi músico-instrumentista da Banda Interescolar e também integrou a Orquestra Sinfônica de Sergipe.
“Em seguida entrei no serviço público do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2014 e atuo como Agente Federal na Fiscalização Internacional no Vigiagro”, explica.
Agora o professor se prepara para enfrentar um grande desafio. “Aceitei ser candidato porque a decisão só foi viabilizada pelo empenho coletivo do grupo que comanda o partido. Nossa proposta é de renovação política, um mandato que dará voz a todas as classes; tornar nosso gabinete a segunda casa do povo. Uma atuação que devolva ao povo sua dignidade, que diminua as desigualdades sociais. Defendemos o enxugamento de auxílios e de verbas de gabinete, cargos de comissão desnecessários e todo tipo privilégio. Uma atuação de combate à corrupção. Faremos um mandato coletivo”, garante.
Chapa ‘puro sangue’
Desde as eleições de 2010 que o PSOL opta por candidatura própria para o Governo de Sergipe e deve seguir a mesma linha ‘puro sangue’. “Para este ano o partido fez a escolha do policial militar Márcio Souza e para disputar as duas vagas para o Senado foi escolhido além de mim, a professora Sônia Meire”.
Caso seja eleito senador, o professor disse que fará um mandato voltado para combater a corrupção. “Teremos uma agenda extensa no Senado e existem ações mais urgentes. Nosso Estado precisa retomar o crescimento para a geração de empregos, dar oportunidades aos jovens, à mãe e ao pai de família que precisa de uma colocação no mercado de trabalho, que precisa se alimentar, pagar seu aluguel, suas contas: isso é uma prioridade. Outro ponto será a revogação de todas as medidas Temer e acabar com a corrupção”.
Professor Jossimário adiantou que a educação será a sua maior bandeira. “Porque é ela a essência de uma sociedade justa, igualitária e próspera. Vamos defender também a saúde pública. Nossos hospitais estão superlotado, sem equipamentos e o povo mendiga atendimento. Queremos potencializar o talento de nossos jovens e iremos valorizar os artistas da terra. Também vamos lutar pelas políticas de redução de danos e antiproibicionistas; defesa das minorias negra, indígena, LGBTI, catadoras e catadores, pessoas em condição de rua, políticas para as mulheres; políticas anti-drogas; moradia, mobilidade urbana; luta contra as privatizações, segurança pública, o meio ambiente; os movimentos sociais; a reforma agrária e o acesso à terra”, planeja.
Cenário político
Jossimário Mick faz uma avaliação do atual cenário político de Sergipe e critica a gestão de Belivaldo Chagas (PSD).
“É um governo que continua mesmice que foi o governo de Jackson Barreto. São irmãos siameses. Esse governo é o refugo do projeto político que se exauriu, que teve sua validade vencida, visto que quebrou o Estado e traiu a confiança que o povo lhe confiou. Não fez o dever de casa e transformou o Sergipe em um caos financeiro e social que culminou no atraso de salário de servidores e dos aposentados, no aumento da criminalidade. Um absurdo”, finaliza.