Compromisso é com o fortalecimento das prerrogativas da advocacia sergipana
A advogada e professora universitária Clara Machado, uma das grandes referências da advocacia feminina em Sergipe, é candidata à presidência da OAB/SE pela Chapa 5, cujo lema é “OAB Forte e Independente”. Clara é reconhecida não só por sua atuação na advocacia, mas também por seu papel na formação de novos profissionais.
Professora na Universidade Tiradentes (UNIT), Clara ensina Direito Constitucional e ministra disciplinas de Direitos Humanos e Novas Tecnologias nos programas de Mestrado e Doutorado em Direito. Em sua trajetória, destaca-se ainda sua experiência como analista concursada no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo, cargo que deixou para se dedicar integralmente à advocacia.
Em sua campanha, Clara defende uma gestão inclusiva e transparente, com foco na proteção das prerrogativas, na valorização da advocacia dativa e na integração de advogados de diversas áreas e perfis.
Ao seu lado na candidatura está David Garcez, que concorre à vice-presidência da Ordem em uma eleição marcada para 19 de novembro. Garcez, com vasta experiência, apoia as pautas de transparência e planejamento estratégico propostas pela Chapa 5. Clara e David buscam consolidar uma OAB que valorize e represente a classe em Sergipe, contando também com Cláudia Dantas, candidata à direção da Caixa de Assistência dos Advogados (Caase), e Marcos Vinícius Mota, para o cargo de secretário-geral.
Clara Machado apresenta uma crítica contundente à gestão de Danniel Costa, apontando que o foco excessivo em imagem pública está desviando a atuação da Ordem das questões fundamentais da advocacia. Para ela, a administração atual tem deixado de lado ações essenciais, como a defesa das prerrogativas, a implementação de um piso justo e a garantia de honorários adequados. “A prioridade à imagem pública deixou de lado ações fundamentais, como a proteção das prerrogativas, o respeito ao piso da advocacia, a garantia de honorários justos e o apoio efetivo ao exercício profissional”, destaca Clara.
Para Clara, uma OAB transparente exige acesso irrestrito a informações financeiras e contratos, permitindo que a classe acompanhe de perto como são utilizados os recursos da entidade. “É fundamental que a gestão apresente os extratos do cartão corporativo, os gastos com passagens aéreas e os contratos com todas as empresas contratadas, garantindo uma prestação de contas responsável e acessível”, afirma. Ela ressalta que a advocacia precisa entender como a instituição que os representa administra esses recursos.
Além da transparência, Clara enfatiza a necessidade de uma atuação mais independente e democrática da OAB-SE diante das demandas sociais e políticas, reafirmando o compromisso com a justiça e a democracia. “Precisamos de uma OAB que vá além da aparência e se comprometa com resultados reais, servindo verdadeiramente como uma voz firme e ativa na defesa dos direitos da classe e dos interesses coletivos”, afirma Clara.
Citando Angela Davis, ela reforça a urgência de uma postura transformadora: “Não aceitamos mais as coisas que não podemos mudar; estamos mudando as coisas que não podemos aceitar.” Outro ponto central de sua candidatura é o fim da reeleição para o cargo de presidente da OAB-SE, o que, segundo Clara, trará renovação e alternância de
ideias, evitando a centralização de poder. “A rotatividade permite que cada presidente deixe um legado sólido em um único mandato, enquanto sucessores aportam uma visão crítica e renovada, aperfeiçoando projetos e corrigindo possíveis falhas”, observa.
Com as eleições para o triênio 2025-2027, que ocorrerão pela primeira vez em formato on-line, Clara também expressa cautela sobre essa transição. Embora reconheça o avanço, acredita que mudanças significativas precisam ser amplamente discutidas para garantir segurança e transparência. “Não sou contra as eleições virtuais; no entanto, acredito que uma mudança tão importante deveria ser acompanhada de mais tempo para debates e reflexões junto à advocacia”, explica Clara.
Ela também defende que o processo eleitoral seja auditado por mais empresas e órgãos de fiscalização e controle, garantindo maior segurança e transparência. Caso eleita, Clara compromete-se a construir uma OAB mais democrática, inclusiva e fiel às demandas de toda a classe.
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