Senador explica motivo do rompimento político com André Mora e Eduardo Amorim
Após muita especulação, o PSB confirmou a candidatura à reeleição do senador Antônio Carlos Valadares que busca seu quarto mandato. Valadares Filho (PSB) encabeça chapa majoritária do grupo como candidato ao governo, tendo Silvia Fontes (PDT), candidata à vice-governadora e Henri Clay (PPL) disputando a outra cadeira do Senado.
“Passei muito tempo para resolver sobre se seria candidato a senador mais uma vez. Só às vésperas do término do prazo, em 3 agosto, meu nome foi anunciado e aprovado em convenção do PSB. Tivemos ao longo do processo pré-eleitoral sérias dificuldades para a formação da chapa majoritária por diversos motivos, um deles, a pressão exercida por vários grupos poderosos sobre os partidos políticos que se aproximavam de Valadares Filho, seja por influência direta, ou de forma velada ou aberta nas mídias sociais para impedir qualquer coligação com o nosso partido e nos isolar do processo”, explica o senador Valadares.
O grupo fez aliança com seis partidos, são eles PSB, PDT, PTB, Prós, PTL e o PRP. “Valadares Filho um tempo razoável para divulgar na TV e no rádio a sua campanha, e a dos senadores. Todos os partidos aliados acharam que não havia sentido vetar a minha candidatura ao Senado só por causa da idade e de 3 mandatos consecutivos de senador. Eles avaliaram que as pesquisas eleitorais e o meu trabalho como Senador, recomendavam a minha presença na chapa majoritária até para nela incluir a experiência ao lado dos demais, que são jovens, e dar mais densidade eleitoral ao conjunto dos candidatos. Ou seja, a minha candidatura ajuda, e não atrapalha. Essa a conclusão de todos que resolveram me apoiar”, vibra.
Carreira
O interesse do senador pela política começou muito cedo. “Sou de uma família de políticos. Em certo momento da história de Simão Dias, minha terra, o meu pai, Pedro Valadares, homem simples, um plantador de algodão exerceu uma influência muito forte na política local. Morreu aos 55 anos no auge de seu prestígio. Foi então que, dois anos após o seu desaparecimento, resolvi aceitar a convocação do nosso grupo, fui candidato a prefeito ganhei a eleição enfrentando os ricos e poderosos da cidade, que detinham o governo do Estado e a prefeitura. Foi um início que me recordo sempre com muita emoção e com o coração cheio de agradecimento ao meu querido povo de Simão Dias”, recorda.
Ao longo das suas quatro décadas na política, Valadares foi prefeito de Simão Dias, deputado estadual durante dois mandatos, presidente da Assembléia Legislativa de Sergipe, deputado federal, vice-governador, governador de Sergipe, foi secretário de Estado da Educação e Cultura. Está em seu terceiro mandato de senador e no Senado foi presidente de várias comissões, como a CDR (Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo), e a Comissão de Assuntos Sociais. Vice-presidente do Senado, atualmente 3º secretário e líder da Bancada do PSB. “Exerci à presidência do Conselho de Ética, eleito por unanimidade”, orgulha-se.
Eleições 2018
O PSB decidiu romper a aliança com o PSC, liderado pelo deputado André Moura, e PSDB do senador Eduardo Amorim, e lançar uma terceira via para o eleitorado.
“O rompimento foi por razões que já foram explicadas muitas vezes. A principal é que o PSB preferiu formar um grupo novo, porém mais coerente e disposto a encarar um novo projeto para Sergipe. Escolhemos o nem um, nem outro, um caminho mais difícil mas é o que entra em sintonia com as exigências do eleitor, conforme mostram as pesquisas. Grandes misturas acabam confundindo a cabeça do eleitorado e criando desconfianças prejudiciais um projeto de mudanças.
Valadares disse que tem pelos seus colegas senadores, Eduardo Amorim (PSDB) e Maria do Carmo Alves (DEM) um grande respeito e resume o governo de Belivaldo Chagas (PSD) como ‘o pior da história’.