O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou uma alta de preços de 0,58% no mês de outubro. O maior para o mês desde 2015 (0,66%).
A taxa divulgada nesta terça-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é superior ao 0,09% de setembro e ao 0,34% de outubro de 2017. A variação acumulada no ano foi de 3,83% e, em relação aos últimos doze meses, o índice ficou em 4,53%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, Alimentação e Bebidas (0,44%) e Transportes (1,65%) apresentaram forte aceleração de setembro para outubro, respondendo por cerca de 70% do IPCA-15 do mês.
Segundo o IBGE, grupo Alimentação e bebidas registrou uma aceleração nos preços em outubro (0,44%), devido a alimentação no domicílio, que apresentou alta de 0,52% frente a queda de 0,70% de setembro. Esse resultado foi influenciado pela alta nos preços de alguns itens como tomate (16,76%), frutas (1,90%) e carnes (0,98%).
A alimentação fora de casa também sofreu um aumento entre os meses de setembro (0,12%) e outubro (0,30%), com destaque para as altas no lanche (0,06% em setembro para 0,74% em outubro) e na refeição (de 0,06% em setembro para 0,26% em outubro).
O grupo dos Transportes apresentou a maior variação entre os grupos no mês de outubro (1,65%). Após a queda de 0,19% de setembro, em outubro houve uma alta de 4,74%. O litro da gasolina, item com maior impacto individual no índice do mês ficou mais caro, em média, 4,57%, com as regiões pesquisadas. Já o litro do etanol subiu, em média, 6,02% em outubro. O óleo diesel, que em setembro havia subido 2,41%, acelerou em outubro, atingindo 5,71%.