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Gengiva sensível, dolorida, inchada, vermelha, com sangramento e mau hálito. Esses são alguns sinais da Gengivite, que atinge cerca de 90% da população em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença é caracterizada pela inflamação no sulco gengival, ou seja, no espaço da gengiva situado ao redor dos dentes. É preciso atentar para o tratamento e precauções, para que essa inflamação não desenvolva riscos mais complexos à saúde bucal.
Geralmente, a Gengivite está associada a má higiene oral e a ausência do uso do fio dental. Pessoas que negligenciam a higienização bucal, consomem muitos alimentos ricos em açúcares, são fumantes ou possuem diabetes descontrolada, estão mais propensas a desenvolver essa inflamação.
De acordo com o cirurgião-dentista Edmo Matheus, a Gengivite é o primeiro passo para uma doença mais séria: a doença periodontal. Ele explica que atrás dos sintomas da gengivite podem estar encobertos problemas mais complexos.
“A gengivite é a forma mais branda da periodontite. A doença periodontal pode estar já instalada com aspecto inicial de gengivite. Em outras palavras, por trás desses sintomas simples, podem estar escondidos problemas mais graves como a perda de suporte ósseo e bolsas periodontais”, explica.
O comerciante José Santos Carvalho, 33 anos, foi acometido inicialmente pela gengivite. O tratamento estava sendo feito em casa, apenas com a escovação. Após um tempo, José Carvalho percebeu que não estava obtendo melhorias e decidiu buscar um especialista. Assim, ele descobriu que estava em estágio inicial da doença periodontal.
“Sempre que escovava os dentes havia sangramento. Não sou muito de ligar para isso e pensei que era coisa simples. Só que o problema persistiu por um tempo até que marquei para ir ao dentista. Foi aí que ele me explicou a doença, fez algumas orientações para tratamento e consegui ficar com dentes e boca saudáveis, sem perdas”, declara o comerciante.
Para evitar a Gengivite, o cirurgião-dentista Edmo orienta para a prevenção, com o uso diário do fio dental e escovação dental eficaz. Ele destacou, ainda, a importância de buscar um acompanhamento profissional periodicamente. “Por mais clichê que pareça, o olhar clínico de um dentista, pelo menos semestralmente, é fundamental”.
Diabetes
Edmo Matheus explica acerca da relação entre pacientes diabéticos e a doença periodontal. “Existe uma relação crucial, é como se uma retroalimentasse a outra. Ou seja, diabéticos podem ter periodontite grave e ter sua doença sistêmica agravada pela mesma. Além disso, em casos não tão raros, de curso silencioso, o osso que sustenta os dentes pode ser sumariamente reabsorvido e alguns ou todos os dentes precisem ser removidos. É drástico, mas não é incomum”, comenta.
Tratamento
O tratamento da Gengivite pode ser promovido através do uso correto de fio dental, alimentação com baixa concentração de açúcares e higienização adequada, com escovação após se alimentar. “O uso correto do fio dental é determinante, pois só ele é capaz de remover aquele primeiro biofilme depositado no sulco gengival. A higienização também pode prevenir essa situação”, frisa o cirurgião-dentista.
Já o tratamento da doença periodontal pode ser realizado através de raspagens e manutenção de higienização oral adequada. “Em alguns casos mais severos, existe a necessidade de cirurgias periodontais e enxertos ósseos e de tecidos moles. A gengivite pode e deve ser parada enquanto ainda não se desenvolveu como periodontite”, orienta o cirurgião-dentista Edmo Matheus.