Ciclovia da Avenida Etelvino Alves de Lima liga os bairros da zona Sul e da zona Norte, já que é interligada com a da antiga Avenida Rio de Janeiro

A Avenida Etelvino Alves de Lima foi inaugurada em abril de 2018. Uma obra do governo do Estado que custou R$ 71.687.973,63, custeada com recursos vindos do Pró-Transporte e do CPAC/Pró-Transporte. A então nova avenida, com a sua ciclovia tinham como objetivo interligar os bairros da Zona Sul (Santa Maria, Orlando Dantas etc.) e da Zona Norte (Siqueira Campos, Santo Antônio etc.). As milhares de pessoas que trafegam pela via todos os dias não se cansam de comentar sobre a sua importância.

No entanto, menos de um ano depois de ter sido entregue à população, tanto a pista para os carros quanto a ciclovia já apresentam problemas que colocam em risco as pessoas. Percorrendo a ciclovia, nossa equipe de reportagem flagrou diversos trechos em que há rachaduras, remendos ou mesmo em que placas que compõem a ciclovia se transformam em obstáculos para quem trafega por ali.

Remendos podem ser vistos ao longo da ciclovia

Segundo a presidente da ONG Ciclo Urbano, Sayuri Oliveira, que nos acompanhou durante o percurso, a ciclovia em questão tem uma importância muito grande para muitas pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte, principalmente, porque segundo a última contagem feita pela ONG foi demonstrado que as zonas Norte e Sul são as que encerram os maiores destinos dos ciclistas da capital. Porém, a falta de manutenção e a forma como foi feita oferecem diversos riscos aos ciclistas.

“Essa ciclovia é muito estreita, principalmente para a demanda de ciclistas que passam por aqui todos os dias. Ela é uma via que interliga bairros com um maior fluxo de ciclistas, que são os das zonas Norte e Sul. Mas também há uma grande dificuldade de acessá-la porque os carros passam em alta velocidade e muitos não respeitam as faixas de pedestre”, comenta.

Segundo Sayuri, o fato de a ciclovia ficar muito próxima à faixa mais rápida da pista (a da esquerda), além de trazer risco aos ciclistas, também pode fazer com que, principalmente os menos experientes, se assustem com o fluxo intenso e rápido de veículos, de médio e grande porte.

“Os novos projetos de ciclovias do mundo determinam uma área de afastamento entre a ciclovia e os veículos de pelo menos 40 centímetros. Justamente porque esse sopro causado pela alta velocidade dos carros faz com que os ciclistas se desequilibrem um pouco. A ciclovia está mais alta do que a via, mas dar segurança para o ciclista não é simplesmente isolá-lo. É também dar a sensação de segurança, é você não se sentir ameaçado por um veículo que está muito próximo, porque isso assusta principalmente os menos experientes”, explica.

Outro problema que a nossa equipe flagrou na ciclovia foi que, apesar de ela ter sido entregue a menos de um ano, é possível notar rachaduras em diversas trechos da ciclovia, remendos mal feitos e trechos em que as placas estão dilatadas, tornando-se obstáculos para os ciclistas e que podem danificar as bicicletas.

Dilatação das placas é um dos perigos que os ciclistas enfrentam

RESPOSTA DO DER

Em resposta aos questionamentos do CINFORM a respeito da ciclovia, o Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe (DER/SE) informou que a empresa executora da obra já foi acionada para fazer as devidas correções das placas de concreto, em alguns trechos da avenida.

“Já com relação às depredações no concreto da ciclovia, o diretor-presidente do DER, Antônio Vasconcelos, disse que o problema foi ocasionado porque os motoristas estão deixando de seguir pela rodovia correta para fazer o desvio por cima da via de ciclismo. Vasconcelos informou ainda que cabe a SMTT fiscalizar e coibir tal ação dos condutores”, finaliza a nota.

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