Transferido para o presídio de Massama, na região italiana da Sardenha, o ex-terrorista Cesare Battisti, de 64 anos, ficará seis meses em uma cela isolada. E depois, pelo mesmo período isolado apenas durante o dia.
O ministro da Justiça italiano, Alfonso Bonafede, informou ter escolhido o presídio de Massama por “questões de segurança”. Inicialmente, ele ficaria na penitenciária de Rebibbia, em Roma.
“Nós dissemos ao mundo que ninguém pode escapar da justiça italiana. Battisti é culpado de crimes graves. Muitos anos se passaram, mas as feridas não foram esquecidas. Esse é o resultado de uma equipe trabalhando unida, não só do governo e da polícia, mas de todas as instituições italianas. É uma conquista histórica”, disse Bonafede.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas.
PRISÃO
Battisti foi capturado no sábado (12) à noite enquanto caminhava pela rua em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão foi resultado de uma parceria de agentes bolivianos e italianos com apoio de brasileiros.
No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal – STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo STF. Em seus últimos dias de governo, Michel Temer assinou a extradição de Battisti.