Uma das principais características das redes sociais é o uso de imagens, seja em vídeos ou fotos, são elas que chamam a atenção e muitas vezes passam informações importantes e úteis. Mas como os deficientes visuais podem consumir os conteúdos? Pensando nesse público foi criada uma hashtag #pracegover que descreve as imagens postadas em mídias sociais no fim dos textos, fazendo com que se torne possível o uso de aplicativos de leitura pelos deficientes visuais.
A Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase) resolveu implantar a ideia em suas redes sociais. A ideia surgiu em uma conversa no WhatsApp entre a assessora de comunicação, Cândida Oliveira, e um amigo deficiente visual.
“Eu mandei um emoticon em uma conversa para ele, foi quando ele me disse ‘Candida, o que é isso? ’ Já que o aplicativo de leitura dele não identificou. Foi quando minha ficha caiu, porque para a gente é natural, então a gente manda e nem percebe, já que para ele fica complicado”, conta.
Cândida ainda destaca que com o uso da hashtag a visibilidade das redes sociais da empresa acaba aumentando, já que o número de pessoas que irão receber a mensagem é maior. E a assessora explica que para fazer a ação é simples. “A gente tem que ter boa vontade, separar um tempinho para além de escrever o texto da postagem, descrever a imagem”, destacou.
Como fazer
Cândida conta que após a ideia de incluir deficientes visuais na recepção dos conteúdos das redes sociais, buscou na internet como fazer e encontrou campanhas de marcas, como a Skol e a Havainnas, além do facebook“Pra Cego Ver”, que ensina como fazer a descrição da melhor forma.
Segundo a página “Pra Cego Ver”, deve ser descrito o tipo de imagem, a descrição deve começar da esquerda para a direita de cima para baixo, informar as cores, em períodos curtos com poucos adjetivos.
Lucas Aribé
O vereador Lucas Aribé (PSD) que é deficiente visual, aprova a iniciativa da Segrase. “É um momento em que se fala em áudio-descrição em acessibilidade, em oportunidade para que as pessoas com deficiência visual possam identificar e saber aquelas figuras, os vídeos exibidos na internet. Essa iniciativa está em consonância com a modernidade é o que tem de melhor no momento, então a Segrase está de parabéns”.