A conclusão do Acordo de Livre Comércio com a União Europeia deve ser uma das medidas prioritárias para os governos dos países que formam o Mercosul. O Acordo de Facilitação de Comércio entre os membros do bloco também deve receber tratamento especial. A lista de prioridades foi entregue pelos representantes industriais de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai aos seus respectivos governos nesta segunda-feira (27).

O documento elaborado pelo Conselho Industrial do Mercosul, assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), União Industrial Argentina (UIA), União Industrial Paraguaia (UIP) e Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU), foi apresentado durante o XI Fórum Empresarial do Mercosul. O evento antecede a cúpula do bloco.

Para o ex-diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) Márcio Coimbra, vice-presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), a conclusão do acordo entre os sul-americanos e europeus é de suma importância para as empresas brasileiras, que poderão exportar, sem tarifas, seus produtos para os consumidores do velho continente.

“Para o Brasil, vão se baixar barreiras protecionistas que impedem os produtos brasileiros de chegar na Europa, de forma brutal. O Brasil vai exportar mais e, também, vai importar. A gente vai ter um fluxo de livre comércio com a União Europeia, que gera empregos aqui, lá, ou seja, aquilo que o livre comércio faz: gera benefícios mútuos”, avalia.

Para Coimbra, o principal ganho do Brasil com a finalização do acordo será a diminuição da dependência do comércio exterior brasileiro em relação à China. “Um acordo Mercosul-União Europeia serviria para afastar a China e garantir a soberania do Brasil com maior diversificação de parceiros comerciais, o que é muito importante para a economia brasileira”, avalia.

Acordo de Facilitação

Os representantes do setor privado também elencaram o Acordo de Facilitação de Comércio do Mercosul como uma das prioridades para os países que compõem o bloco. O tratado assinado em 2019 visa estabelecer regras e princípios para simplificar o comércio entre os membros do bloco. A ideia é que as operações de importação e exportação de produtos sejam mais ágeis e baratas.

Entre as medidas, o acordo prevê que o despacho de bens não leve mais do que 12 horas ou, nos casos em que houver necessidade de análise, não mais do que 48 horas. Além disso, cria os Guichês Únicos de Comércio Exterior, cujo objetivo será agilizar as trocas comerciais. Os guichês serão pontos onde as empresas poderão se informar sobre a documentação exigida para o trânsito de bens.

Outros três assuntos foram lembrados pelos industriais como parte de uma agenda de prioridades a ser adotada pelos governos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

  • Promover a agenda de comércio e sustentabilidade do Mercosul;
  • Realizar progressos na convergência regulamentar;
  • Institucionalizar um mecanismo de diálogo formal com o setor produtivo.

 

Fonte: Brasil 61.

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