Novo gênero passou a ser incluído como opção de proteína no almoço de escolas em Tempo Integral de três regiões do estado, a exemplo do Centro de Excelência Leandro Maciel, em Aracaju

Nesta terça-feira, 4, os 437 estudantes do Centro de Excelência Leandro Maciel, no bairro Ponto Novo, em Aracaju, foram servidos de uma nova proteína no almoço da escola. O programa ‘Filé de Camarão na Alimentação Escolar’ conta com o investimento de R$ 609.119,10 é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) e tem por objetivo promover uma alimentação escolar diversificada, a fim de garantir a segurança alimentar e nutricional de mais de 20 mil estudantes, de 42 escolas tempo integral do estado. A princípio, o crustáceo será oferecido como opção no almoço duas vezes por mês. Além dessa refeição, os estudantes do Centro de Excelência contam também com um café da manhã e lanche da tarde, diariamente.Em fila, e também espalhados pelo refeitório, os alunos do Leandro Maciel demonstraram expectativa e frisaram estar receptivos com a novidade. Antes mesmo de almoçar, Robson Rocha já torcia pela permanência do camarão no cardápio. “Espero que não seja só hoje, que se repita várias vezes”, disse o estudante do 2º ano do Ensino Médio. Ele acrescentou que há um mês o coordenador da escola anunciou a novidade e distribuiu um documento para ser assinado pelos pais.

A aluna Joana Beatriz está no 9º ano do Ensino Fundamental e foi outra que ficou animada com o incremento na alimentação servida no almoço na unidade escolar. “Bacana termos camarão. Achei bem legal ter outro prato, inclusive prefiro”, afirmou.

Samara Esteves, 16 anos, listou o que tem consumido na merenda da escola. “Temos carne, frango, feijão, macarrão, salada. Enfim, o camarão veio para variar esse cardápio que nós já temos”, considerou a aluna do 2º ano, que mora no Ponto Novo. Rafaela Araújo disse que fez o teste e foi autorizada pelos pais a consumir a novidade no almoço da escola. “Eu achei uma boa ideia, porque dá uma variada no cardápio. Sem dúvida isso é bom”, avaliou a estudante do 2º ano, enquanto almoçava.

Catarina Santos também está no 2º ano do Ensino Médio e reafirmou a notícia da passagem do coordenador em todas as salas do colégio para avisar a inserção do camarão como proteína na merenda e precisaria fazer teste alérgico antes de o prato ser servido. “Preenchi o formulário de que não sou alérgica a camarão e aprovo a ideia, está uma delícia! Não sabia que seria [servido] duas vezes por mês. Inclusive, agora, vou ficar atenta aos dias”, revelou a adolescente, matriculada no Centro de Excelência desde o ano passado.

Quanto a Carlos Henrique, de 18 anos, ele também foi a favor da variação. “Muda um pouco, não é? Normalmente é servido carne moída, carne do sol, frango cozido, assado, patê de frango, enfim. É bom variar!”, analisou o rapaz, que é aluno do Leandro Maciel desde 6ª série, hoje matriculado no 2º ano.

Compromisso e fortalecimento

A concretização da inclusão do camarão no cardápio da alimentação escolar das escolas da rede pública em Sergipe, além de ser um avanço, é a concretização de um compromisso da atual gestão com os estudantes e um instrumento de fortalecimento da agricultura familiar. O novo produto que passa a ser servido aos alunos contribui para o desenvolvimento econômico do estado e diversifica a alimentação ofertada, garantindo segurança alimentar e nutricional aos jovens nas escolas.

“Nos deixa feliz ver a aprovação dessa nova opção de alimentação pelos alunos e, também, por estarmos concretizando mais uma promessa feita por nossa gestão. Além disso, a inclusão do camarão na alimentação escolar fortalece o desenvolvimento econômico de Sergipe, ao valorizar os produtores locais. Temos sempre buscado incluir produtos típicos do estado na alimentação servida aos estudantes”, ressaltou o governador Fábio Mitidieri.

Além do incremento no cardápio, o programa visa também fortalecer a agricultura familiar (Lei Federal 11.947/09), com o incentivo à produção agrícola local e desenvolvimento dos municípios produtores de camarão. De acordo com a nutricionista da Rede Estadual de Ensino, Dayanne Marques, ressalta a preocupação da Seduc em averiguar previamente a existência de algum aluno alérgico, antes de introduzir o camarão no cardápio.

“Nossa primeira ação foi o teste de aceitabilidade, que fizemos com uma escola de cada DRE [Diretoria Regional] do estado. Depois disso iniciamos a chamada pública para confeccionar o cardápio. Somos um estado que consome camarão e na alimentação escolar não poderia ser diferente. Esta é uma opção de proteína muito boa, que fornece mais nutrientes e microminerais para os alunos. Foi pensando nisso, em enriquecer e variar o cardápio, que introduzimos o camarão”, explicou a nutricionista.

O teste de aceitabilidade foi aplicado previamente entre os alunos e os pais e responsáveis assinaram um termo atestando a ausência de alergia nas crianças e adolescentes. Além do camarão, também foi testado o leite de coco. Os 35 alunos identificados como alérgicos receberam uma pulseira para sinalizar a restrição às merendeiras. “Distribuímos um formulário com todos os estudantes para sabermos quais eram os alérgicos. Dos 437, apenas 35 estão impedidos de comer, o que representa 8% da escola. Para hoje e todos os dias que for servido camarão eles estarão identificados com uma fitinha, para as merendeiras saberem quem são”, informou a diretora Carla Surama Alcântara, ao divulgar que outra opção de proteína será servida para estes estudantes.

Nesse momento, serão contemplados no programa ‘Filé de Camarão na Alimentação Escolar’ Centros de Excelências integrantes da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), Diretoria Regional de Educação 1 e Diretoria Regional de Educação 6.

 

 

 

Fonte: Governo de Sergipe

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