O Partido Democratas em Sergipe (DEM) está em seu pior momento. A jornalista Ana Alves, filha do ex-governador João Alves e da senadora Maria do Carmo, foi detida por sete dias, renunciou à presidência do Diretório Estadual do DEM e assinou sua desfiliação partidária. A sede do partido, situada à Avenida Beira Mar, 682, bairro 13 de Julho, ficou de portas fechadas e suas atividades foram suspensas. O CINFORM foi até o DEM, mas não conseguiu falar com nenhum representante do partido. É como se os Democratas estivessem fechados para balanço.

Enquanto Ana Alves esteve detida no Presídio Feminino (Prefem), em Nossa Senhora do Socorro, durante sete dias, o partido não se manifestou em defesa da então presidente do Diretório Estadual, nem convocou a imprensa para falar sobre o futuro do DEM.

Após assumir a direção do partido em agosto deste ano, Ana firmou compromisso de reconstruir e renovar a legenda. Recentemente, ela anunciou sua pré-candidata a deputada federal e iniciou um namoro político com o ex-marido Mendonça Prado, do Partido Popular Socialista (PPS), hoje comandado por Clóvis Silveira.

O DEM e o PPS se aproximaram e Ana decidiu costurar um acordo com o presidente do partido, apoiando Mendonça para governador, João Fontes para senador e, em troca, ela seria a candidata a deputada federal com o apoio dos dois majoritários.

De acordo com Mendonça Prado, mesmo diante de toda polêmica envolvendo o DEM, ainda haverá a coligação dos dois partidos. Mendonça afirma que o Democratas é melhor do que muitos outros partidos. “Nós queremos a coligação e nos sentiremos honrados se acontecer. Acho um partido importante, cujos integrantes tem uma larga folha de serviços prestados ao Estado”.

“A situação do Democratas é melhor do que muitos outros partidos. Sobre o caso envolvendo a presidente do DEM, Ana Alves, o que eu vi foi uma acusação levada ao ar sem a apresentação da defesa. Não há que se reprovar ninguém sem observar a defesa”, declara.

Diferente de Mendonça, ex-filiado, os dois vereadores eleitos pelo Democratas na capital evitaram o apoio e a solidariedade à jornalista Ana Alves. Tanto Vinicius Porto, através da Assessoria de Comunicação, quanto Juvêncio Oliveira foram reticentes e monossilábicos quando perguntados sobre o futuro do DEM. Os dois foram uníssonos quando comentaram a situação do partido: “não falamos pelo partido e estamos afastados das discussões e decisões”.

DEM

O Democratas foi criado no final de 2007, após o Partido da Frente Liberal (PFL), mudar de nome. Em 1986 João Alves Filho ajudou a eleger o único governador do Brasil pelo PFL. Ele fez Antônio Carlos Valadares seu sucessor, derrotando José Carlos Teixeira (PMDB), durante a presidência de José Sarney.

No Governo Sarney, João Alves, após deixar o Governo de Sergipe, foi nomeado Ministro do Interior. O peso político do Partido da Frente Liberal prosseguiu na década de 90. Em 15 de novembro de 1990 João se elegeu pela 2ª. vez governador do estado. Em 2002, mais uma vez o PFL elege João para exercer o seu 3º mandato.

Hoje, o partido em Sergipe possui uma senadora da República, Maria do Carmo, sua maior expressão política no estado, com mandato e dois vereadores na capital, Vinícius Porto, ex-presidente da Câmara Municipal, e Juvêncio Oliveira. No interior, elegeu os seis prefeitos na última eleição: Carmópolis, Cedro de São João, Laranjeiras, Pedra Mole, Ribeirópolis e Rosário do Catete.

QUEDA LIVRE

As eleições do ano de 2016 já indicavam que o partido estava em queda livre. A começar pela capital, quando João Alves amargou uma estrondosa derrota e nem sequer foi ao segundo turno, acompanhando o embate entre os candidatos adversários, Edvaldo Nogueira e Valadares Filho, de sua casa. No ano passado o partido ainda perdeu a única deputada estadual, Goretti Reis, que foi secretária de Saúde do município, no Governo Municipal de João Alves, mudou para o PMDB.

A derrotada nas urnas em 2016 e a doença de seu maior líder sinalizou para o enfraquecimento do partido em todo o estado. As bases políticas se dissolveram e a agremiação política mudou de mãos. A nova presidente Ana Alves não conseguiu atrair novos filiados. Maria do Carmo, em Brasília, esteve afastada do DEM para acompanhar João Alves e cuidar da sua saúde. O partido hoje está como um quebra-cabeça que precisa ser remontado.

 

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