Depois de registrar lucro de R$ 26 bilhões em 2017, o Banco Central (BC) fechou 2018 com lucro operacional de R$ 45 bilhões. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (27) o balanço com as contas da instituição financeira no ano passado.
Esse é o segundo maior lucro operacional da história do Banco Central, só perdendo para 2015, quando a autoridade monetária havia registrado lucro operacional de R$ 76,7 bilhões.
Além do lucro operacional, a autoridade monetária fechou 2018 com lucro de R$ 127,1 bilhões com as operações cambiais, compostas pela administração das reservas internacionais e pelas operações de swap cambial (compra e venda de dólares no mercado futuro). O lucro total, somando os dois resultados, somou R$ 172,3 bilhões no ano passado.
Desde 2008, o banco registra os resultados operacionais e cambiais de forma separada. No primeiro semestre do ano passado, o BC tinha tido lucro operacional de R$ 19,3 bilhões e lucro recorde de R$ 146,2 bilhões com as operações cambiais. No segundo semestre, o órgão teve lucro operacional de R$ 25,6 bilhões e perdas de R$ 19,1 bilhões com as operações cambiais.
As perdas cambiais no segundo semestre foram provocadas pela variação do dólar, que subiu apenas 0,49% de julho a dezembro do ano passado (de R$ 3,86 para R$ 3,87), alta insuficiente para cobrir os custos de captação das reservas externas do país. No primeiro semestre, a moeda norte-americana tinha subido 16,5%, de R$ 3,31 para R$ 3,86.
A alta do dólar multiplica o valor em reais das reservas internacionais, que fecharam 2018 em US$ 376,984 bilhões, ampliando os ganhos da autoridade monetária. Outra parte do lucro cambial vem do resultado das operações de swap cambial, que funcionam como venda de dólares no mercado futuro.
O Banco Central transferiu os ganhos do primeiro semestre ao Tesouro Nacional em agosto do ano passado. Os resultados do segundo semestre serão cobertos da seguinte maneira: o BC repassará o lucro operacional de R$ 25,6 bilhões ao Tesouro Nacional nos próximos dez dias e o Tesouro cobrirá a perda cambial de R$ 19,1 bilhões da autoridade monetária até o décimo dia útil de 2020.
Fonte: Agência Brasil