O compromisso do Brasil com a proteção dos refugiados e migrantes em situação de vulnerabilidade foi reafirmado na 75ª sessão do Comitê Executivo da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em Genebra, na Suíça, nesta terça-feira (15/10). O secretário Nacional de Justiça, Jean Keiji Uema, representou o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) no evento.
Uema destacou, em discurso, que os deslocamentos forçados têm como principais causas a vulnerabilidade social e econômica das populações. Segundo ele, essa situação exige uma abordagem mais inclusiva e solidária por parte da comunidade internacional.
“Há um século, quando pessoas do Norte global imigraram para o Brasil em situação semelhante, o nosso país foi acolhedor. Hoje, a migração vinda do Sul global enfrenta uma série de restrições, impostas pelos países do Norte, independentemente de qual seja a causa ou a razão do deslocamento”, afirmou o secretário.
Apoio da Acnur
O secretário Nacional de Justiça, destacou, ainda, a importância do investimento contínuo das nações em iniciativas que garantam a proteção e a integração dos refugiados a longo prazo. “Para que tal comprometimento seja continuado, é fundamental que haja investimento de parte dos Estados em ações internas que assegurem a proteção internacional e a integração local das pessoas refugiadas, de forma sustentável e autônoma”, disse.
Jean Uema também mencionou o apoio técnico e financeiro da Acnur em momentos de emergência humanitária, como nas enchentes no Rio Grande do Sul (RS), em abril e maio deste ano. O apoio e a expertise fornecidos foram fundamentais nos esforços de resgate e reconstrução decorrentes do desastre ambiental ocasionado pelas enchentes. “Sem esse suporte, o enfrentamento à catástrofe teria sido ainda mais difícil, o que comprova a importância da atuação do Alto Comissariado em momentos de emergência humanitária”, enfatizou.
Comitê Executivo da Acnur
O Comitê Executivo da Acnur se reúne anualmente em Genebra para analisar, revisar e aprovar os programas e o orçamento da agência. O objetivo é discutir uma série de outras questões relacionadas à área de atuação da Acnur com parceiros intergovernamentais e não governamentais.
Fonte: Gov.br