Marca da carioca também é a mais alta no ano, incluindo a dos homens

Por Lincoln Chaves – Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional – São Paulo

A brasileira Maya Gabeira estabeleceu o novo recorde mundial para a maior onda já surfada por uma mulher: 22,4 metros (73,5 pés). A marca foi alcançada em 11 de fevereiro de 2020, durante o Nazaré Tow Surfing, campeonato de ondas gigantes disputado na Praia do Norte, em Nazaré (Portugal). O anúncio foi feito pela Liga Mundial de Surfe (WSL, sigla em inglês) nesta quinta-feira (10).

“Apesar de achar que não sou uma pessoa competitiva, estava muito concentrada e mais corajosa do que o normal neste dia. Estava arriscando bem mais e, quando larguei a corda [do jet-ski], tive a sensação de que poderia ser a maior onda da minha vida, mas não tinha certeza. A velocidade era muito alta e o barulho que a onda fez quando quebrou me fez perceber que esta era, provavelmente, a maior onda que surfei”, declarou a carioca, em comunicado da WSL.

Maya bateu o próprio recorde, que era de 20,7 metros (68 pés), em 2018. O novo feito rendeu a ela o prêmio de Maior Onda do Red Bull Big Wave Awards (BWA) de 2020. A brasileira superou, entre dois e três pés (menos de um metro) a onda surfada pela francesa Justine Dupont no mesmo dia de prova, em Nazaré, e também foi melhor que o havaiano Kai Lenny, ganhador do prêmio de Maior Onda entre os homens, com 21 metros (70 pés).

“Este recorde mundial é realmente surpreendente porque o tamanho da onda foi mais alto até do que a onda do vencedor masculino, então, isso significa que uma mulher surfou a maior onda do ano no geral. Isso, para mim, era algo que eu havia sonhado anos atrás, mas, não como algo realista. Esse é um esporte extremamente dominado pelos homens, então ter uma mulher capaz de representar isso é bastante raro”, destacou a brasileira.

O recorde de maior onda já surfada por um homem também é brasileiro. Em 8 de novembro de 2017, em Nazaré, o paulista Rodrigo Koxa atingiu a marca de 24,4 metros (80 pés).

“Gosto de fazer algo que parece tão impossível, por causa do que pré-estabelecemos que seja possível para o gênero. Quando é mostrado que é possível, fica mais fácil ao próximo. Quase não parece que era eu, mas amo o jeito que foi concretizado”, completou.

Edição: Cláudia Rodrigues

Fonte: Agência Brasil

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