No dia 10 de novembro foi celebrado o Dia do Ceratocone, doença hereditária que afeta a córnea, região anterior do olho. A enfermidade faz com que a córnea se projete para a frente, formando uma saliência em forma de cone. Acomete crianças e, principalmente, os pré-adolescentes e adolescentes com idades entre 10 e 13 anos, que têm o hábito de coçar os olhos com frequência.
A doença pode piorar a visão gradativamente, chegar a uma visão abaixo do normal, em casos extremos pode ocorrer a “Hidropsia” que é quando a córnea fica encharcada de líquido, devido às micro rupturas existentes. Também pode levar à cegueira se não for tratada adequadamente. O diagnóstico pode ser observado pelo médico no consultório e comprovado através dos exames ceratoscopia ou Pentacam (tomógrafo corneano).
Dr Augusto César Faro, oftalmologista
“A córnea está para o olho como a mica ou vidro transparente de um relógio. A parte superior da córnea deve ser igual a inferior. No ceratocone, a parte inferior se deforma, surgindo a doença. O principal sintoma é sentir muita coceira nos olhos e o principal sinal é o aumento do grau em períodos muito curtos”, explica o oftalmologista Dr Augusto César Faro.
A doença também pode levar a um procedimento cirúrgico, de acordo com o médico. “Basicamente são três cirurgias: os implantes de anéis dentro da córnea ( anéis intra corneanos), que fortalecem a córnea impedindo a evolução da doença, o “Cross-linking”, que é um aparelho que emite uma luz que endurece a córnea, pode haver a indicação das duas cirurgias ao mesmo tempo, nos casos muito avançados, transplante de córnea”, finaliza.