Fadiga, redução na capacidade funcional, falta de ar, déficits cognitivos e alterações no sono. Estas são algumas das sequelas deixadas pela covid-19. Apesar da grande maioria da população adquirir sintomas leves, uma pequena parcela desenvolveu os casos mais graves e a fisioterapia acabou se tornando uma grande aliada na recuperação desses pacientes, seja na reabilitação cardiopulmonar, motora ou cognitiva.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente e responsável técnica do serviço de Fisioterapia do Hospital São José e Hospital da Polícia Militar (HPM), Shirley Santos Oliveira Bittencourt, “a longa permanência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também pode desencadear a síndrome do paciente crítico, que engloba a persistência desses sintomas e complicações num período superior a quatro semanas”, disse.

Shirley Oliveira, nosso objetivo é proporcionar aos pacientes o retorno às atividades diárias

O motorista Wellington Silva Oliveira, de 45 anos, sentiu a angústia de enfrentar a covid-19 na sua forma mais agressiva. Ele teve vários sintomas graves, comprometimento pulmonar e complicações cardíacas. Após três dias bastante doente, ele foi internado no Hospital São José, em Aracaju, já inconsciente. “Assim que cheguei no hospital já iniciei a fisioterapia e dei continuidade em casa durante três meses, mas fiquei aproximadamente 45 dias hospitalizado”, comentou.

“Assim que eu saí da intubação, eles já começaram a fazer a fisioterapia porque eu tinha perdido os movimentos e devido à gravidade da doença e logo em seguida recuperei os meus movimentos e fui fazendo a fisioterapia regularmente e melhorando e hoje estou aqui forte. Graças a Deus, recuperei os meus movimentos e a massa muscular, que eu tinha perdido por causa da doença”, afirmou.

Uma das fisioterapeutas que atendeu o motorista foi Francielle Nascimento, que chegou para trabalhar na época da covid-19. “Wellington chegou muito grave no hospital. Ele ficou intubado por 14 dias na UTI covid-19. Na semana que estava programado a traqueostomia conseguimos extubar. Seguiu fazendo ventilação não invasiva, usou oxigênio e foi recuperando os movimentos com a fisioterapia, porque após sair do tubo, ele só conseguia mexer os dedos”, explicou.

Fisioterapeuta Francielle Nascimento

Regulação

O serviço de fisioterapia do Hospital São José é regulado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os pacientes são encaminhados de todas as partes de Sergipe através do sistema de regulação de leitos. O hospital conta com profissionais qualificados, com atendimento 24 horas nas UTIs e com seguimento do acompanhamento nas enfermarias quando os mesmos recebem alta da terapia intensiva e ainda precisam ficar internados.

“Somos uma equipe de 19 fisioterapeutas distribuídos em duas UTIs e enfermarias. Nosso principal objetivo é proporcionar aos pacientes o retorno às atividades diárias, a recuperação das suas capacidades físicas e a volta à vida laboral e social”, disse a responsável técnica do serviço de Fisioterapia, Shirley Santos Oliveira Bittencourt.

Wellington chegou no hospital com vários sintomas graves
Reconhecimento

Wellington lembra com muito carinho todo o acolhimento recebido no Hospital São José e disse ser muito grato pela dedicação da equipe de fisioterapia. “Fui recebido com muito carinho, muita atenção e amor por essa equipe maravilhosa que me ajudou a superar essa doença. Por isso sou muito grato a Deus e a todos do Hospital São José e a essa equipe. Quero dizer o quanto é importante a fisioterapia nesse tratamento da covid-19. Quanto mais grave mais intenso tem que ser o tratamento, mas é muito eficaz. Fica aqui o meu o meu agradecimento a todos”, disse Wellington.

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