A recente onda de ameaças de ataque em escolas tem causado preocupação em alunos, pais, professores e autoridades da área de segurança pública. Mensagens nas redes sociais se espalharam em todo o país depois do atentado registrado em uma creche em Blumenau/SC. Aqui em Sergipe, muitas escolas da rede particular e também da rede pública registraram mensagens que espalharam pânico e apreensão. Uma escola da rede particular em Aracaju identificou rasuras feitas no banheiro masculino do colégio, fazendo referência a ameaças de ato violento.
Essas notícias, que se espalham facilmente pelas redes sociais, em sua grande maioria mensagens falsas, afeta a saúde mental das pessoas. É o que afirma a Psicóloga Infantil e de adolescentes, Flor Teixeira. Segundo ela, as pessoas têm o medo como uma emoção básica que tem como principal objetivo protegê-las, fazendo com que elas evitem situações que entendam serem agressivas e de risco. Casos como os noticiados recentemente acabam enfatizando ainda mais esse medo.
Flor Teixeira, Psicóloga
“Eu atendo adolescentes e durante toda essa semana as falas deles eram: tia Flor, pode acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar, até na escola. Então, deixa a nossa sociedade, alunos, professores e pais muito mais preocupados, muito mais amedrontados, porque eles sabem que não é uma coisa que aconteceu a muito tempo atrás, num local muito distante, não, é um perigo que está próximo, um perigo que existe e ao mesmo tempo é um perigo ao qual nós não temos o controle de evitar”, disse.
Segundo a especialista, a primeira coisa que os pais devem fazer é buscar a veracidade de todas as informações e evitar espalhar compartilhar qualquer informação que eles não tenham certeza se realmente é verídica ou não. “Porque quanto mais a gente espalha fake news, mensagens que realmente não existem a verdade, a gente aumenta ainda mais esse medo, esse receio em viver, então, qualquer mensagem que você receba, principalmente relacionada a escola do seu filho, ligue para a escola, verifique, fale com a diretora, com a coordenação, vá até a escola, entenda como ela está atuando”, destacou.
Flor Teixeira afirma que o impacto na saúde mental das pessoas que vivenciaram atos como de um massacre em uma escola é imensurável. “Uma perda ela não é um momento tão fácil de ser lidado, de ser vivenciado, ainda mais quando essa perda é de uma brutalidade tremenda como foi esse massacre. Não consigo dizer o tamanho desse impacto, mas com certeza ele é muito grande e essas famílias certamente vão precisar de muito apoio”, conclui.