O Instituto Irradiar está instalado no Parque Tecnológico de Sergipe, desde 2017, proporcionando atividades lúdicas e educativas aos envolvidos
Promover o conhecimento, a interação e a formação social e educacional de crianças e jovens. Este é o objetivo principal do Instituto Irradiar, uma Organização Não Governamental (ONG), existente desde 2017 e instalada no Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), mais especificamente no Centro Vocacional Tecnológico (CVT), composto por laboratórios e salas para as aulas de Robótica, Judô, Reforço Escolar com Games e Oficinas do Conhecimento. É através do apoio estrutural do Parque que o governo de Sergipe apoia e fomenta iniciativas como essa, atuantes na Ciência e Tecnologia, sejam elas empreendedoras, projetos e eventos.
Mais de 100 crianças já passaram pelo Instituto, desde sua criação. Com formação para a vida, atualmente, a ONG proporciona atividades lúdicas e educativas para 20 crianças do Conjunto Rosa Elze, em São Cristóvão; e mais 15 crianças matriculadas na cidade de Lagarto, que recebem oficinas com o apoio do Instituto Federal de Sergipe (IFS).
No ano passado, as crianças do Irradiar participaram, pela primeira vez, da Olimpíada Brasileira de Robótica, que aconteceu no IFS Aracaju, e alcançaram a sétima colocação. Eles tiveram um mês para se preparar e, ainda assim, mostraram muita desenvoltura e ganharam destaque. Isso é reflexo do trabalho realizado pela ONG, mas também do apoio das famílias que são beneficiadas pelo trabalho, que somam esforços dentro do Instituto e estão sempre presentes.
A pensionista Maria da Conceição de Souza é mãe de uma das crianças do Irradiar e tia de mais duas que também compõem o quadro de alunos. Ela conta que, depois que seu filho iniciou no projeto, ela quis logo inscrever seus sobrinhos, pelo fato de perceber o avanço educacional que a criança obteve. “Eu estou sempre apoiando minha família em tudo, principalmente, no que diz respeito à educação. Participar do Irradiar tem sido muito enriquecedor para eles, e também para mim, como mãe e tia, que vejo neles um futuro de conquistas”, acredita.
Não só as famílias se sentem acolhidas no local, as crianças também deixam transparecer a felicidade em participar do projeto. Elas têm o Instituto como sua segunda casa. A jovem Rayane Victória, de 12 anos, por exemplo, é bastante ativa e gosta de aprender brincando. “Eu amo estar aqui, minha aula preferida é a de inglês”, fala.
Já Guilherme Souza Teles, de 9 anos, também adora participar das brincadeiras. Ele aprende se divertindo nas aulas de robótica. “Eu gosto de fazer o robô andar”, conta entusiasmado. Seu colega, Gilvanilson Silva, de 8 anos, prefere as atividades esportivas disponibilizadas pelo Irradiar. “Eu gosto de todas, mas a minha preferida é o judô”, afirma.
Segundo a vice-presidente do Irradiar, Lívia Gregorin, o Instituto acredita que a mudança se dá por meio da educação. Com isso, a violência diminui e as pessoas ganham mais segurança. Este é um dos nortes dos que fazem o local. “Acreditamos que todas as crianças são gênios. Não é porque ela não é boa em matemática, que ela não tem um lugar na sociedade. A gente procura mudar a forma como elas se veem, a informação que elas levam para casa, o compartilhamento de conhecimento, que é um valor da ONG. Além disso, uma das coisas que a gente defende muito é que todo voluntário que passa pelo irradiar não sai igual, sai transformado, tanto no lado profissional, como pessoal”, finaliza.
Apoio voluntário
De acordo com a vice-presidente, as pessoas que têm interesse em fazer algo pelo próximo, em oferecer alguma atividade específica, podem entrar em contato com o Instituto pelas redes sociais: Instagram: @instituto_irradiar; Facebook: Instituto Irradiar. Segundo Gregorin, existe um modelo de projeto em que a pessoa escreve o que ela quer executar, a necessidade de materiais, e o Irradiar viabiliza toda a estrutura, além de divulgar a nova atividade para as crianças.
“Quando a gente executa uma ação aqui, tem muito trabalho por trás, desde a compra de materiais, até a confecção. A gente faz muitos jogos, por exemplo, que usamos no reforço escolar”, ressalta. Ela explica ainda que precisa preparar o guia da oficina, por isso a necessidade de novos voluntários para ajudar no trabalho com as crianças. “No processo de seleção, levantamos questões sobre qual é a nossa filosofia, como a gente age, qual a nossa metodologia; e isso de uma forma divertida, com estudos de caso”, completa a vice-presidente.
Os voluntários saem aptos a ministrar oficinas, como é o caso do engenheiro de computação Matheus Cardoso, que ministra aulas de robótica para as crianças. Ele executa suas atividades com materiais específicos, como kits legos, pertencentes ao SergipeTec; montando robôs, trabalhando a questão lógica e programação.
“Eu gosto muito de participar de projetos como voluntário e a oportunidade de trabalhar com crianças aliou tudo. A gente une o lúdico às nossas dinâmicas, trabalhamos a questão dos ângulos (que tipo de ângulo?), fazemos joguinhos de batalha naval, brincando e associando o conhecimento. Assim eles se divertem sem perceber que, ao mesmo tempo, estão estudando”, relata.
A estrutura de gestão do Instituto conta com cerca de 12 pessoas no Conselho Deliberativo e mais de 60 voluntários, que se revezam nas atividades ligadas à Infraestrutura, Secretaria, Financeiro, Marketing e Pedagogia. Atualmente, a ONG está em andamento de um processo seletivo, que visa captar novos voluntários, para atuar nas diretrizes fundamentais e normas gerais de organização, operação e administração do Irradiar.
Parceria
Lívia Gregorin explica ainda que a parceria com o Sergipetec é fundamental para o funcionamento da ONG. “O SergipeTec, além de permitir a instalação da ONG, nos auxilia com o CVT, disponibilizando os laboratórios e as salas para usarmos com as crianças. Quando oferecemos cursos de Eletrônica, por exemplo, ele ocorre no Laboratório de Eletrônica do Parque”, conta.
Em relação ao Centro Vocacional Tecnológico do Sergipetec, o gestor de Projetos Sociais, Vitor Vaz, explica os vários benefícios acerca da disponibilidade da estrutura. “Laboratórios de Informática, de Eletroeletrônica, de Química, de Física e de Biologia e de Salas Polivalentes. Inclusive, com o suporte técnico das equipes Pedagógica, Administrativa e de TI”, lista.
“No caso específico do Irradiar, é importante reforçar que ele é uma organização social e, portanto, trabalha, especificamente, com doações. Sendo assim, para a pessoa trabalhar em cima da atividade do Irradiar, ela precisaria de uma quantidade de recurso muito grande para poder obter o espaço e mesmo os equipamentos básicos, como o kit robótica, por conta da proposta deles ser de atividades educacionais direcionadas a crianças. O CVT, do Sergipetec, já tinha esse equipamento e ofereceu ao Irradiar, para que o mesmo pudesse oferecer essa capacitação. Caso contrário, eles não teriam como realizar as atividades educacionais ou demorariam mais tempo para executá-las. E tem, também, a questão do ambiente laboratorial estruturado para receber esse público, o infantil”, finaliza Vitor.
Parque Tecnológico
Assim como o Instituto Irradiar, novas ideias inovadoras científicas e tecnológicas podem ser instaladas no Sergipetec. Basta submeter o projeto/plano de negócio a um dos quatro Editais de Seleção de Empresas (de base tecnológica): pré-incubação, incubação, empresa residente e lote. Mais informações sobre como funciona os serviços do Parque Tecnológico de apoio às ideias e projetos empreendedores podem ser obtidas pelo sergipetec.org.br e/ou editais@sergipetec.org.br.
Fonte: ASN