A asma é uma doença crônica inflamatória e geralmente de caráter alérgico dos brônquios. Quando a doença está ativa ela ocasiona inflamação da mucosa brônquica (“pele” que reveste o interior dos brônquios) levando à redução do calibre brônquico e produção de muco. Tais eventos levam aos sintomas da doença como tosse persistente e aos esforços, sensação de aperto, falta de ar e chiado no peito.
O período do inverno, que teve início no dia 21 de junho, é preocupante para quem tem asma. O ar frio, e muitas vezes seco deste período, provoca a irritação dos brônquios, que reagem com broncoconstrição, causando as crises de asma. É durante esta estação do ano que as infecções respiratórias virais ou bacterianas acontecem com mais frequência, e essas situações funcionam como gatilhos para ativar os sintomas da doença.
Dr George Amado: “com o tratamento adequado, o asmático leva uma vida normal
De acordo com o médico pneumologista Dr George Amado, a asma não tem cura, porém, com o tratamento adequado e acompanhamento médico, o asmático consegue levar uma vida normal, com qualidade respiratória otimizada e sem sintomas. “Apesar de ser possível que a doença apareça em qualquer idade, seu surgimento é mais comum na infância, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma até os 3 – 5 anos de idade. Com o crescimento do indivíduo, ela pode ‘adormecer’, ficar um tempo assintomática, e lá adiante, na fase adulta, voltar a se manifestar”, destacou.
Segundo o especialista, o diagnóstico da asma surge da somatória de informações clínicas, inclusive sendo valorizados antecedentes familiares, com alguns exames complementares solicitados, tipo espirometria e testes alérgicos. Dr George lembra da importância do diagnóstico para evitar complicações. “A asma, quando não tratada adequadamente, além de promover uma péssima qualidade de vida respiratória para o paciente, pode evoluir para um quadro infeccioso respiratório, inclusive pneumonia”, alerta.
Tratamento
O tratamento da asma envolve uma somatória de situações que culminam com o controle da doença. São eles: o tratamento medicamentoso de manutenção para controle da doença e evitar os sintomas e as crises; o acompanhamento médico pneumológico regular; atividade física regular; higiene ambiental para evitar contato com os gatilhos que atiçam as crises, inclusive ficar longe da fumaça do cigarro; uma alimentação saudável e não inflamatória; e o controle do stress e ansiedade.