Com a rejeição da segunda denúncia contra Michel Temer, aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), projetaram a Casa mais atuante a partir de agora, enquanto o presidente da República, para eles, ficará fragilizado.
Até o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que já perdeu para Maia uma disputa pela Presidência da Câmara, e votou a favor de Temer nesta quarta, avalia que agora o governo está fraco e Maia, fortalecido.
“Vejo o Rodrigo numa função fundamental, quase como um CEO de uma empresa e o Temer, como um presidente do Conselho, sem muito poder”, afirmou.
“Agora, esse CEO pode vir a ser o responsável por aprovar uma reforma tributária, uma pequena reforma previdenciária, trazendo uma agenda positiva ao país”, acrescentou.
Temer contou com os votos de 251 deputados. Outros 233 parlamentares foram a favor da continuidade do processo.
Com uma votação um pouco menor do que na primeira denúncia, Temer está longe de conseguir aprovar, com esse placar, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), por exemplo, que precisa de 308 votos.
É por essas contas que os aliados de Rodrigo Maia comemoraram na Câmara o placar da denúncia e já descrevem Temer, nos bastidores, como um “pato manco” caminhando sem rumo em direção ao fim do mandato.