Por Edvar F. Caetano

Esse sujeito é da velha guarda da extinta União Soviética. É da mesma estirpe de Stalin. Foi agente da KGB na Alemanha Oriental, quando o Muro de Berlim foi demolido pela multidão. Revoltado, ele guarda todos os traços dos piores ditadores que a história produziu.

Esses estadistas ocidentais, por seu lado, presos aos costumes modernos, de respeito às leis e à ordem, foram surpreendidos pela truculência do novo czar, que, enquanto pregava pela busca de paz, despachava seus tanques, helicópteros, aviões, centenas de milhares de soldados contra a indefesa Ucrânia.

Com uma população de cerca de 45 milhões de habitantes, a Ucrânia é um grande país do Leste Europeu localizado na costa do Mar Negro, conhecido pelas suas igrejas ortodoxas e pelas montanhas arborizadas. Kiev, uma bela cidade, exibe a Catedral de Santa Sofia com a sua cúpula dourada, mosaicos do século XI e afrescos. Sobre o rio Dnieper encontra-se o complexo de mosteiros de Kiev-Pechersk, um local de peregrinação cristão onde se encontram relíquias de túmulos e catacumbas com monges ortodoxos mumificados.

É um país habitado por um povo pacífico e alegre, bem diferente dos antigos compatriotas da extinta União Soviética, estes de formação austera e de caráter mais duro.

Com 44 anos, o seu presidente, Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, um artista que entrou para a política, sofre o abandono dos países que se diziam amigos e encara o ataque de um dos maiores e mais bem equipados exércitos do mundo, sob comando do frio e inflexível Putin.

O que se percebe entre os membros da OTAN é mais que respeito, é medo desse malsinado presidente de rosto impassível, que não expõe qualquer emoção.

Com certeza ele se preparou por anos para esse ataque, mediu todas as consequências e armazenou tudo de que precisa para enfrentar com desdém as decantadas ameaças de sanções da Europa e dos Estados Unidos.

Além de tudo, Putin tem uma carta na manga, que, não tenham dúvidas, pode ser sacada a qualquer momento: a poderosíssima China.

Hoje, só existe uma possibilidade de recuo da Rússia: é a que o vice-presidente do Brasil, Mourão falou. Somente com o uso da força Putin pode ser enfrentado.

Entretanto, as ameaças do plenipotenciário Putin faz gelar o sangue dos líderes das potências do Ocidente, que falam, falam, mas nada fazem de concreto, alegando, convenientemente, que não têm acordo de alinhamento com os amigos ucranianos em caso de ataque.

Por outro lado, se o Ocidente partir para o enfrentamento, o desalmado Putin pode lançar mão de seu temível arsenal nuclear e envolver o mundo em um conflito sem precedentes e no qual todos serão perdedores.

Outra saída possível, é o presidente ucraniano, Zelensky, desistir da OTAN e aceitar a submissão ao regime russo.

Foto: Agência Brasil

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