A esperança de reverter o estado sindical em que se transformava em passos rápidos o Brasil levou a sociedade a acreditar em um milagre. O Partido dos Trabalhadores, com seu “Messias” Lula, já era bem maior do que o Estado, tal e qual aconteceu na Alemanha nazista dos anos 1930, anos precursores da Grande Guerra Mundial.

O Partido Nazista, com suas milícias armadas, já era maior que o governo, maior que o próprio Exército, e logo o seu semideus Hitler assumia a chancelaria do Reich, cooptava a plenipotenciária posição de comandante do governo, do estado e das forças armadas, inicialmente de forma democrática e depois, com o poder se acumulando, pela força.

A sociedade brasileira temia esse desfecho de forma inversa, já que, por aqui era um partido de esquerda que caminhava a passos largos para subjugar as instituições, através do seu aparelhamento lento e progressivo, seguindo passo a passo o que ensinou o comunista italiano Antonio Gramsci nos seus Cadernos do Cárcere, quando disse que o capitalismo não se destruía com confronto direto, mas sim, atacando-o por dentro.

O maior criminoso da história, sem qualquer sombra de dúvida, Adolf Hitler era um paranoico que odiava a todos, jamais teve um amigo sequer, nem mesmo seu ministro da propaganda ou seu arquiteto. Aos mais próximos, seus generais, seus ministros, a quase todos que tentaram mediar suas loucuras ele escarneceu, humilhou, destituiu. Ela era o cara. Mas, não se pretende aqui comparar Hitler com Lula nem com Bolsonaro. Seria uma insensatez.

O que se quer dizer aqui é que um Messias não vai resolver a crônica falta de liderança deste país, porque um homem só jamais conseguirá conduzir os passos de uma nação como esta. Nem Lula, nem Bolsonaro, individualmente, pode harmonizar os interesses pontuais dos políticos e dos poderes constituídos desta República.

Aquele discurso, belíssimo, de que “A esperança venceu o medo”, na primeira e histórica vitória de um operário que virou presidente, constitui-se em uma das maiores decepções do Brasil, quando se instalou por aqui a maior bandalheira nunca vista antes na história deste país, ou de outro qualquer, a bem da verdade.

Então, na plenitude de uma crise moral e econômica que afundaram o Brasil numa recessão jamais vista, brilha no olho do mais crédulo uma esperança que reverbera em 60 milhões de brasileiros de que chegara, finalmente, a hora da mudança.

Eis aí um novo Messias, até no nome. Na plenitude da crise que extinguia milhões de empregos e empresas, o Capitão toma posse com ares confiantes e a decisão explícita de acertar as coisas no Brasil. Encontra obstáculos intransponíveis no establishment que manda de fato na organização política, social, jurídica e econômica do país.

O brasileiro precisa refletir antes de escolher seus candidatos. Claro que a simpatia, a proximidade, o pedido do amigo, da amiga, o conhecimento, tudo isso colabora para uma escolha por simpatia e não por pragmatismo.

Outro inimigo da escolha imparcial é o fator emocional que tem levado milhões de brasileiros a uma competição inútil entre “nós e vocês”, quando, na verdade, somos um só povo e lutamos pelos mesmos ideais de um Brasil livre, progressista, laico, comandado por pessoas honestas.

Então, de tanto levar na cara, é tempo de a sociedade esquecer que não é um líder que vai resolver o problema crônico do seu município, do seu Estado ou do Brasil, mas sim, o compromisso de um partido sério, histórico, com um ideário lógico, que apresente projetos realizáveis e homens de passado limpo, homens honestos e voltados para o bem da coletividade e não para se perpetuar no poder, ou para se locupletar.

Foto: Congresso em Foco – UOL

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