Após 15 anos longe das disputas eleitorais, o ex-deputado federal Sérgio Reis coloca seu nome à disposição do seu agrupamento político
Em 2002, após ter sido eleito o deputado federal mais jovem do País, com 23 anos, em 1998, o então deputado federal Sérgio Reis, ainda filiado ao PTB, desistiu de tentar a reeleição. E ele explica o episódio. “Eu havia saído do PSDB para o PTB. E na época havia a questão da verticalização. E o PTB estava com o PPS em Sergipe e não havia nenhum candidato a deputado federal. Eu correria o risco de ser bem votado e não conseguir a legenda para me eleger, como aconteceu com o saudoso Pedrinho Valadares. Portanto, foi uma decisão minha a de não concorrer naquele ano”, diz Sérgio Reis.
Mas isso não foi impedimento para que ele seguisse atuando na política sergipana ao longo dos últimos 15 anos.

Sérgio Reis está de volta e coloca nome à disposição para vice-governador ou primeiro suplente de JB
Foto: Arquivo Pessoal

“Estive mais em funções de coordenação, nos bastidores, em relação às disputas eleitorais, e em espaços administrativos durante este período (chegou a ser secretário de Estado da Agricultura, dentre outros postos). Nunca deixei de atuar em tempo algum. Sempre estive na política, apesar de não estar nas disputas eleitorais, na linha de frente”.
Nascido em uma cidade que possui grande população e eleitorado, Sérgio afirma que a força política de seu município é uma das razões para o retorno ao cenário político-eleitoral. “A gente percebe que há um espaço muito grande, dentro do contexto político, para poder galgar algo mais representativo para a região Centro Sul do Estado. E Lagarto é a maior cidade do Interior, tem mais de 110 mil habitantes, e merece essa representação”, analisa o ex-deputado.

VIÉS DE GRUPO
De toda sorte, e até mesmo pela experiência obtida nos últimos anos, Sérgio Reis passa a impressão de que não forçará a barra em busca de um espaço na chapa majoritária do grupo governista em 2018. Mas que também não ficará parado, irá à luta por uma vaga. “O grupo comandado por Jackson e Belivaldo está em uma situação em que a gente acha que pode contribuir. Nada mais natural do que a gente colocar o nome à disposição para que o grupo, lá na frente, possa considerar se é positivo, se vai render, se vai somar, e aí fazermos parte. Coloquei o meu nome à disposição para ser candidato a vice ou para ser primeiro suplente de Jackson ao Senado. O grupo irá avaliar isso para 2018”, ressalta Sérgio Reis.
Analisando que o processo político se modificou demais entre 2002 e o atual momento, Sérgio faz uma colocação pertinente. “Eu pretendo retornar às disputas eleitorais no momento em que elas voltarão a ser mais baratas, com a proibição dos financiamentos privados e há um teto de gastos. Dentro de um contexto institucional, também há uma mudança de consciência da classe política e do próprio eleitor. A população irá querer ver uma atuação dos candidatos de forma muito mais presencial e usando as redes sociais para se comunicar e vender o peixe”, frisa Sérgio.
Então a intenção seria recuperar alguns valores do processo político que se perderam nos últimos anos? “Hoje é muito difícil um homem público não ter um processo. Eu defendo muito a prudência e o bom senso. Existe uma tentativa de colocar todos na vala comum, mas existem erros formais, perseguições, questões políticas envolvidas. E esse é um cenário em que nós temos que defender a atuação das instituições, dos Poderes, de forma harmônica, mas independente entre si”. Essa seria uma bandeira sua no retorno à política? “Não diria uma bandeira. Isso é uma coisa que a gente deve lutar sempre. Democracia, respeito aos direitos individuais, respeito às leis, pois ninguém está acima delas. Mas isso é uma coisa que tem que ser de berço, é a base”.

DECISÃO CONJUNTA
De toda forma, Sérgio, apesar de decidir pelo retorno de forma individual, pactua ela com seu agrupamento e com as andanças que tem feito pelo Estado afora. “Agora é uma decisão primeiramente pessoal, de querer retornar. E em segundo lugar, ela tem sido discutida, colocada à mesa. Por onde eu andava, e eu sempre ando, já que tenho uma atividade política frequente e diária, as pessoas sempre perguntavam: “porque você não volta? Você devia voltar”. Todos estimulando e, ao mesmo tempo, sentindo que há espaço. E, ao mesmo tempo, eu sinto que posso contribuir com o grupo, com o interesse coletivo”, finaliza Sérgio.
E ao menos uma figura da política sergipana já dá seu total aval a atitude de Sérgio: seu irmão, o deputado federal Fábio Reis, PMDB. “Eu achei ótimo. Sérgio é uma pessoa que contribui muito para a política. Eu sempre disse a ele: você gosta tanto, participa tanto, deveria estar na linha de frente. Antes ele dizia que preferia participar daquele jeito mesmo. Agora, como ele mudou de ideia, eu vou participar e me somar em apoio à decisão dele”, reforça Fábio.

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