Raphaella Noviski, de 16 anos, foi morta com mais de dez tiros no rosto dentro do Colégio Estadual 13 de Maio, em Alexânia, Goiás, por volta das 8h15 da manhã desta segunda-feira. O autor do crime, Misael Pereira de Olair, de 19 anos, foi preso em flagrante. A motivação para o assassinato ainda não está clara.
A delegada Rafaela Azzi conta que o ex-aluno entrou no prédio e foi ao encontro da vítima. Segundo a policial, o assassino usou um revólver calibre 32 para fazer os disparos, mas também portava uma grande faca, do tipo de pescador, e usava uma máscara que cobria seu rosto. Ele não tem passagens pela polícia.
A policial civil disse ainda que o preso poderá ser indiciado por feminicídio dependendo do grau do envolvimento entre o ele e a vítima, além da motivação do crime. O assassinato de uma mulher é considerado feminicídio quando a vítima é morta por ser mulher. Como, por exemplo, quando um homem mata uma ex-namorada por ciúmes ou após ser rejeitado. A tipificação de femnicídio entrou para a legislação no Brasil em 2015.
A QUEIMA ROUPA
O jovem entrou primeiro numa sala de aula, onde não a encontrou, e foi para outra. Todos os disparos foram direcionados no rosto dela. Aproximadamente 11. Tudo indica que foi um crime passional. Ele foi autuado em flagrante e está preso na delegacia, onde ainda será ouvido — afirmou a delegada. — Na delegacia, ele disse que tentou presenteá-la no ano passado, mas não conseguiu. Não sabemos se foi porque ela não quis ou se ele desistiu.
Ainda de acordo com a delegada, o autor dos disparos não demonstrou arrependimento. Segundo Azzi, uma pessoa estaria em frente à escola para ajudá-lo a escapar. Ainda não se sabe, porém, se esse amigo da família do jovem, “um senhor de idade”, conforme afirmou a responsável pelas investigações, é cúmplice do crime, ou se apenas estava ali naquele momento sem saber o que fez o criminoso.