Os indicadores pedagógicos da rede estadual de ensino de Sergipe tiveram evolução expressiva ao longo desses quatro anos, cujo trabalho esteve essencialmente atrelado a Educação como Política de Estado, meta número um do Plano de Governo 2019-2022.

Segundo o secretário estadual de Educação, do Esporte e da Cultura, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, nesses quatro anos foi realizado o alinhamento das melhores práticas educacionais com centralidade na aprendizagem: avaliação, alfabetização, monitoramento dos alunos em situação de risco escolar, reforço escolar e correção de fluxo escolar.

“É muito importante que o governador Belivaldo Chagas tenha apresentado um programa de governo detalhado e ambicioso. Nosso programa foi muito amplo, muito desafiador, mas temos a felicidade de dizer que ele foi integralmente cumprido. Ele tinha primeiro uma mudança qualitativa da educação como política de estado, algo muito inovador para Sergipe, e adotado por outros estados. Essa abordagem implicou um conjunto de mudanças legislativas que colocou a educação pública sergipana em outro patamar. Os mecanismos que foram criados não se resumem apenas à apresentação dos resultados, mas na manutenção dos resultados positivos desde que eles sejam perseguidos com coerência e efetividade”, disse Modesto.

Todo esse trabalho pode ser percebido nos avanços históricos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Apesar dos impactos causados pela pandemia no aprendizado dos estudantes e do consequente período de suspensão das aulas presenciais, Sergipe avançou em todas as etapas da Educação Básica, crescendo 6% nos Anos Iniciais; 23% nos Anos Finais; e 11% no Ensino Médio. O Ideb 2021 mostrou que o Ensino Médio em Sergipe ultrapassou dez estados no ranking geral, saindo da 22ª posição para a 12ª, com nota 3,9, igual à média nacional. É importante salientar que a Rede Estadual de Sergipe teve a segunda maior evolução do Ideb do Ensino Médio entre os anos de 2017 e 2021, uma evolução de 26%.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, entre 2017 e 2021, Sergipe saltou de 4.9 para 5.2. Considerando apenas a rede estadual, no mesmo período a rede saiu de 4.7 para 5.2. O Ideb da rede estadual, nos anos finais, que considera os resultados dos estudantes ao final do 9º ano, em 2015, teve um resultado de 2.9 no indicador na rede estadual, não atingindo a meta projetada de 4.1. Em 2017, o Ideb observado da rede foi 3.5, apresentando assim um avanço de 0,6 décimos em relação aos resultados de 2015, porém, a rede não alcançou a meta projetada para o período, que foi de 4.4. Entre 2017 e 2019, houve uma significativa evolução do Ideb em Sergipe. Considerando todas as redes, o índice saltou de 3.9 em 2017, para a marca de 4.1 em 2019, um crescimento de 5.1%. Em 2021, nos anos finais, a rede estadual apresentou uma evolução de 29% em relação ao Ideb de 2017 (3.5),

Sergipe na Idade Certa

Outro mecanismo para melhorar os indicadores e, como consequência, a plena aprendizagem dos estudantes, é o Programa Estadual de Correção de Fluxo Sergipe na Idade Certa (ProSIC), que, por meio do decreto nº 202 de 30 de novembro de 2022, também vem apresentando resultados significativos. Em vigor desde 2019, a iniciativa, que é desenvolvida em parceria com o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), configura-se como uma das mais importantes estratégias para a recuperação de trajetórias escolares no estado, alcançando 9.745 estudantes, 384 turmas e 164 escolas públicas.

Com base em dados tabulados pela Seduc, evidencia-se que, após a implantação do ProSIC em 2019, o número de estudantes em distorção idade-série na rede estadual teve decréscimo, o que restou demonstrado no Censo Escolar ao longo dos últimos anos. A distorção no ano de implementação era de 39%, considerando o ensino fundamental anos iniciais e finais, e o ensino médio. Em 2022, o percentual representa 20%. O sucesso do programa também pode ser comprovado nos estudantes que avançaram por meio das ações empreendidas: em 2021, foram 2.761 estudantes promovidos, 1.592 estudantes acelerados e 2.479 estudantes que concluíram o ensino fundamental.

A diretora da Escola Estadual Zumbi dos Palmares, em Nossa Senhora do Socorro, professora Emanuelle Santos de Jesus Feitosa, falou da importância do programa, diante dos altos índices de distorção que a escola apresentava na época de implantação. “O ProSIC veio trazer a oportunidade de os estudantes perceberam que é possível. Com isso foi devolvido a eles o direito de repensar a trajetória escolar, de repensar todos os estudos. Então o programa se tornou um divisor de águas porque os meninos tiveram chance de avançar e ter a credibilidade devolvida”, confidenciou a gestora.

Acompanhamento

A política de acompanhamento das aprendizagens esteve entre os pilares para a melhoria dos indicadores pedagógicos. A construção desses indicadores foi facilitada pela adoção do diário de classe eletrônico que permite e facilita o tempestivo acompanhamento pelo professor e, também, pela escola, pelas diretorias regionais de educação e pelos dirigentes educacionais. Além do próprio percentual de preenchimento de diários, são monitorados os indicadores de aluno em risco escolar e defasagem idade-série. O risco escolar é formado por dois conceitos: frequência mínima, alertando quanto ao número de alunos que não estão alcançando o mínimo legal de 75% de frequência e rendimento mínimo de 5,0 nas avaliações definidas pela escola. Obviamente, a expectativa é de que a escola acionará a busca ativa dos estudantes infrequentes e planejará atividadesde intensificação de aprendizagem para os que estejam apresentando rendimento inferior ao esperado.

No bojo de ações estão a implementação da ação de Acompanhamento Pedagógico Sistemático na rede Estadual, iniciada logo em 2019; projeto de Recomposição de Aprendizagens; Reforço das aprendizagens; implantação dos projetos Aprender e Luz do Saber; Acompanhamentos pedagógicos individualizados remotos; projeto Aula Digital; programa Estude em Casa pelas Ondas do Aula Digital, que ganhou duas edições inéditas; entre outras.

Mais do que pautar o cumprimento de todas as 21 metas para a educação previstas no plano de governo, as políticas públicas adotadas pela Seduc e executadas pelas escolas deram uma injeção de ânimo nas comunidades, elevando a autoestima, as expectativas, sobretudo nutrindo a premissa da educação pela qualidade e equidade, ou seja, oportunidades iguais para todos.

FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO GOVERNO DE SERGIPE