Noticias falsas ganham espaço na internet

Com as redes sociais o modo de criar noticias mudou, hoje em dia os jornalistas precisam apurar o máximo possível para produzir um conteúdo satisfatório. Em contra essa produção jornalística apareceram as FAKE NEWS, em tradução “notícias falsas” que são espalhadas rapidamente nas redes sociais.

A professora de Comunicação, Polyana Bittencourt, explica as FAKE NEWS e seus impactos. “FAKE NEWS são informações falsas criadas e difundidas rapidamente. Nas redes sociais elas ganham força porque está nas pessoas o poder de compartilhar e potencializar as informações. Aí complica tudo! Há uma potencialização. Infelizmente elas ganham força no período das eleições. Se isso aconteceu na eleição americana, imagine no Brasil. Não é de hoje que existem ações ilegais que interferem e decidem eleições”.

A jornalista, Marta Costa destaca que as FAKE NEWS são um problema social. “As famosas  Notícias falsas se popularizaram  principalmente no espaço virtual depois das eleições de 2016 nos Estados Unidos , após autoridades afirmarem que a vitória do presidente  Trump teve grande influência  de empresas especializadas em “fofocas” virtuais. O que mudaram os rumos das eleições naquele país. Mas as mentiras e fofocas no mundo do jornalismo sempre foi um problema, embora o termo FAKE NEWS  seja muito utilizado agora, as mentiras e fofocas  sempre foram um problema social. O grande número de pessoas usando a internet , o avanço das mídias sociais e de empresas especializadas  têm gerado um novo tipo de negócio lucrativo, dificultando não só o trabalho dos jornalistas, mas das autoridades brasileiras , já que, não temos legislação específica, e só  no âmbito da TV e rádio que  a mentira publicada é crime”, conta

O jornalista, Gustavo Rodrigues, alerta que geralmente as FAKE NEWS surgem de um recorte de uma noticia verdadeira. “É um recorte de algum tema em que uma pessoa ou um grupo faz para tornar um ponto de vista dela verdadeiro, mas aquele ponto de vista que ela recortou da noticia verdadeira geralmente tem haver com outro assunto. Essas FAKE NEWS estão muito em voga nessas eleições, o eleitor precisa ter muito cuidado”, comenta.

Combate

Polyana faz um alerta enquanto a checagem de informações antes de compartilhar. “As informações podem ser geradas por pessoas comuns que têm interesse em projetar determinada pessoa “de forma instantânea “. São os influenciadores digitais. Aí uma pessoa comum recebe uma informação pelo WhatsApp, não analisa e nem checa é mesmo assim compartilha. Isso é um fenômeno. Não há controle. As pessoas precisam se educar para isso”, destaca.

Gustavo dá dicas de como identificar se a noticia é FAKE NEWS. “A recomendação é sempre checar nos meios de comunicação que você confia mais, meio de comunicação que você sabe que há uma checagem, que há algo por trás que os jornalistas não podem publicar de imediato, eles precisam apurar, checar. Como, por exemplo, Uol, G1, Terra, são exemplos de portais que necessitam de uma checagem a mais da informação”.

Marta alerta que é preciso muito cuidado com o que se lê e se compartilha hoje em dia. “a dica que dou é: sempre duvidar. Não acredite, busque outras plataformas. Outros sites e empresas de Jornalismo já consagradas no meio. Só compartilhe o que tiver certeza: primeiro cheque  se é verdade, segundo análise se não vai prejudicar criminalmente  ninguém. Agora estamos em ano de eleição,  e as FAKE NEWS têm se apresentado de forma bem representativa e significativa. Notícias que insite o ódio, violência e que denigra principalmente grupo de minorias por determinados grupos políticos estão em alta, atenção as edições, aos vídeos dublados e principalmente as montagens. Está muito mais que provado que a fofoca na internet é perigosa e trás riscos para todos”, explica.

 

Jornalismo

Para a professora de Comunicação, Polyana, em tempos de FAKE NEWS o jornalismo ganha ainda mais força, sendo o principal meio para saber se uma notícia é falsa ou verdadeira. “Acho que as FAKE NEWS fortalecem ainda mais o jornalismo, pois evidenciam a importância de uma informação de qualidade e decida-se checada. Essa tarefa é do jornalista. As Fake news fizeram surgir espaços nos meios de comunicação para checar dados e prestar serviço à população. Surgiram empresas que passaram a se dedicar à checagem. A Agência Lupa é um exemplo disso…”, conta.

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