A servidora “fantasma” Marinalva Barreto de Jesus, lotada no gabinete do então prefeito João Alves Filho, abriu a boca e contou tudo para o Ministério Público no Procedimento Investigativo Criminal. A versão dela foi confirmada pelo marido Valter Bispo de Jesus que primeiramente mentiu aos promotores, mas depois se arrependeu e decidiu colaborar com a investigação. A “fantasma” não mora em Aracaju e jamais trabalhou na Prefeitura.
Os promotores que compõem o Grupo de Atuação Especializado de Combate ao Crime Organizado, Bruno Melo Moura, Jarbas Adelino e Luciana Duarte Sobral, confirmaram na denúncia oferecida na justiça e distribuída na 2ª. Vara Criminal, que Marinalva e Valter são filiados no Partido Democratas (DEM) e ele já concorreu a cargo eletivo em Aparecida.
Durante dois anos do mandato de João Alves, Marinalva ganhou salário de R$ 1 mil sem executar nenhum tipo de serviço. Trata-se, pois, acusam os promotores, de liderança política ligada ao ex-Prefeito, senda esta certamente a razão pela qual foi ela agraciada com o cargo
público
“Há fortes indícios de que ele e muitas outras pessoas ouvidas, que apresentaram versão dos fatos quase idêntica à dele, tenham sido instruídas por pessoas diretamente ligadas ao ex-Prefeito, inclusive sua filha ANA MARIA DO NASCIMENTO ALVES e funcionários do DEM, a mentirem em suas declarações prestadas perante o Ministério Público”, acentuam os promotores.
Quando compareceu ao Ministério Público no dia 1º de dezembro, Valter Bispo de Jesus foi acompanhado do advogado, Fábio Guilherme Farias Gonçalves, indicado pela presidente do DEM, jornalista Ana Alves. Valter confessou aos promotores que não constituiu o advogado e quem não o conhecia. Ele confirmou que as orientações passadas por “Aninha” para narrar os fatos foi relembradas pelo advogado.