Por Habacuque Villacorte
Um dos principais cartões postais de Sergipe, em especial da nossa capital Aracaju, é a Orla da Atalaia. Por mais problemas de ordem financeira e de falta de investimentos que tenhamos no Estado, não se fala de Turismo sem dar ênfase àquele espaço público, construído e revitalizado pelo ex-governador João Alves Filho (DEM).
Com o passar dos anos, os governantes de plantão foram deixando a Orla de lado, esquecida, abandonada e desprezada.
Aqui no Estado, com todo respeito aos responsáveis, Turismo não é algo levado a sério. Pode sobrar “boa vontade”, mas falta conhecimento e eficiência. Há um esforço do governo para tentar reverter a perda de voos, por exemplo, mas e quanto ao “destino Sergipe”? Quem está sendo estimulado para vir? O que teremos no final de ano de atrativos? O Natal iluminado em uma praça? E a programação de Reveillon?
O pior é que as autoridades de plantão anunciam as coisas e setores da imprensa “vendem” como se fossem o “máximo”! A mais nova “ação do Turismo” foi o anúncio de que a Feira de Sergipe 2020, uma tradição da Orla de Atalaia, em sua 18º Edição, agora ocorrerá em janeiro no Parque da Sementeira!
É isso mesmo, leitores! Tiraram o nosso artesanato, a nossa cultura da Orla! Como vão ficar os hotéis e pousadas instalados naquela área?
Este colunista não é especialista, mas avalia que o “Turismo no Parque”, com a Feira de Sergipe no Parque da Sementeira, mais parece uma ação para “camuflar” o descaso e o abandono da Orla de Atalaia.
Assim como as nossas rodovias estaduais, vias do turismo terrestre, que estão praticamente destruídas. Se a lógica é atrair turistas, se eles geralmente ficam hospedados na Orla, promover o nosso artesanato no parque é para atrair quem? O “turista de bairro”? Para reflexão…