A única escola indígena de Sergipe, com 75 estudantes matriculados, passou por completa reforma e ampliação

A comunidade Xokó da Ilha de São Pedro, em Porto da Folha, está em festa. Nesta sexta-feira(10), o governador Belivaldo Chagas, acompanhado da vice-governadora Eliane Aquino, se dirigiu até a região, para  reinaugurar o Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, distante 220km da capital. A única escola indígena de Sergipe, com 75 estudantes matriculados, passou por completa reforma e ampliação por meio de um investimento de R$522.643,00, do governo do Estado. A solenidade de entrega contou também com a participação do senador Rogério Carvalho; o deputado federal João Daniel; e o prefeito de Porto da Folha, Miguel Neto.  

“Fazer a ampliação e a reforma dessa escola tem um significado ímpar. Afinal de contas, trata-se de uma escola indígena e é fundamental preservarmos essa cultura. Aqui se fez concurso para professores que tratam de uma educação específica, diferenciada e intercultural. Essa reforma também proporcionou salas climatizadas para dar tranquilidade e conforto aos alunos no aprendizado. Portanto, é o compromisso do governo do Estado com a causa indígena, e principalmente com a comunidade Xokó”, declarou o governador Belivaldo Chagas.
  
Na oportunidade, a comunidade escolar reivindicou a construção de quadra de esportes, o governador, por sua vez, afirmou que irá lutar para conseguir, mas deixou claro que a comunidade terá que fazer a sua parte e preservar a escola para  poder receber o espaço. 

A unidade de educacional oferta ensino regular e multisseriadas nas modalidades de ensino fundamental de 1º a 9º ano e ensino médio nos turnos da manhã e tarde. O secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, Josué Passos, destacou a importância de promover uma unidade escolar com padrões construtivos que provê dignidade à atividade docente, de ensino e aprendizagem. “Nossos estudantes, funcionários administrativos, auxiliares e professores podem conviver em um ambiente seguro, adequado e que atende as exigências atuais de uma educação moderna, respeitando as especificidades da cultura desse povo”, afirmou.  

Melhorias

 “Praticamente foi feita outra escola. Hoje estamos com uma unidade escolar ao nível do povo Xokó. Com essa reforma, a aldeia ganhou muito, os alunos estudarão num ambiente mais tranquilo e confortável”, elogiou o Cacique Bá. Já a senhora Iranildes Apolônio Rosa, mãe da estudante Ana Clara, também comemorou a reforma. “Está tudo uma maravilha, a cozinha, o refeitório, as salas de aula todas adaptadas. Acredito que vai oferecer mais conforto e segurança para aos alunos”, ressaltou. 

Foram construídos banheiros acessíveis, cozinha, despensa de alimentos perecíveis e não perecíveis, salas de aula, sala de recursos, casa de gás, adaptação de ambiente para funcionamento de refeitório, climatização das salas de aula, revisão de cobertura, instalações hidrossanitárias, esquadrias de alumínio e de madeira, instalação de caixa d’água, pintura geral e novas instalações elétricas e aumento de carga.

“Hoje é um momento histórico para a nossa escola e para o povo Xokó. Nós temos laboratórios de informática, sala de leitura, sala de recursos, agora está uma escola digna para os nossos alunos, para que as atividades sejam desenvolvidas, em prol da melhoria da qualidade do ensino”, destacou a diretora Ângela Apolônio Rosa Lima.