Criado no ano de 2013 com a finalidade de conscientizar a população mundial sobre a necessária prevenção, tratamento e cuidado em relação ao HIV, nesta sexta-feira, 1º de março, é comemorado o Dia de Zero Discriminação. Desenvolvido pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), uma pesquisa científica com participação de intelectuais de todos os continentes revelou que estes obstáculos prejudicam os esforços no enfrentamento à epidemia de HIV no mundo uma vez que as pessoas sentem medo de procurar informações, serviços e métodos capazes de reduzir o risco de infecção, bem como de adotar comportamentos mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação ao seu estado sorológico.

No cenário nacional, o Ministério da Saúde (MS) divulgou no segundo semestre do ano passado que a infecção pelo HIV e a aids ainda são problemas de saúde pública no país. Comparando os anos de 2020 e 2022, o número de casos de infecção pelo HIV aumentou 17,2% no Brasil. Apesar do tabu em torno desta doença, profissionais da saúde compartilham da campanha mundial e evidenciam a perspectiva de vida para todos os pacientes que optam por acreditar na qualidade do tratamento. Mesmo sem dispor – em muitos casos –, de informações gerais, a princípio o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que a expectativa de vida para mulheres, espera-se maior longevidade: 79,9 anos; já para os homens, 72,8 anos.

No estado de Sergipe, o fluxo de atividades em busca do diagnóstico precoce tem sido multiplicado ao longo dos últimos dez anos pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), bem como de Projetos de Leis, seminários e palestras protagonizadas pela Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese). Paralelo à assistência impulsionada em eventos culturais e esportivos que costumam concentrar milhares de pessoas, o Programa DST/Aids está presente em todas as edições do Programa ‘Sergipe é Aqui’, amplamente destacado pela Agência de Notícias Alese. Na capital e no interior da menor Unidade Federativa do país, o foco principal é realizar testes rápidos, e, ao constatar soro positivo, dar início ao acompanhamento.

Almir Santana, professor e primeiro profissional da medicina sergipana a cuidar de pessoas com Aids no estado, segue coordenando o programa estadual. “Temos destacado sobre a importância do envolvimento dos municípios nesse processo.  A epidemia do HIV é muito dinâmica, há épocas que ela aumenta em homossexuais jovens, depois volta aumentar em mulheres. Tradicionalmente é uma epidemia mais ligada à pobreza, mas agora está começando a crescer também na classe média, em estudantes, universitários e profissionais de várias áreas. Nós que trabalhamos com prevenção, precisamos trabalhar com todos os públicos, a aids não tem escolha. O trabalho precisa ser contínuo, e não envolve só o Estado. Precisamos do envolvimento de todos os municípios, pois todos os municípios têm o seu papel”, orientou.

Fonte: Agência Aracaju de Notícias 

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