Maiane Negromonte afirma que esse é um dos grandes desafios da profissão. Para ela, a ideia de associar a Arquitetura apenas à estética ainda é muito presente na sociedade
Formada pela Universidade Federal de Sergipe em 2016, a arquiteta Maiane Argolo Negromonte atua com projetos arquitetônicos nas áreas residenciais, comerciais, de interiores, paisagismo e urbanismo. Ao notar que tinha um olhar diferenciado sobre as construções – ainda na adolescência -, Maiane percebeu que essa era uma característica importante na área da Arquitetura, e com isso decidiu buscar mais informações sobre a profissão.
Cada vez mais encantada com os arquitetos e suas obras, em especial a arquiteta modernista Lina Bo Bardi, Maiane descobriu que essa seria a carreira a seguir. Sobre as áreas de atuação com as quais ela mais se identifica, a arquiteta explica que fica muito dividida entre fazer um projeto arquitetônico e o projeto de ambientação, pois como ela mesma afirma, as duas áreas caminham juntas. “Quando projeto uma casa, por exemplo, de imediato já penso nos móveis, na iluminação, nos revestimentos”, declara.
Apesar de ter pouco tempo de carreira, a jovem arquiteta já sente os primeiros desafios da profissão. Maiane destaca que a valorização profissional é um dos maiores, visto que uma grande parcela da sociedade ainda não considera importante o trabalho de um arquiteto. E em muitos casos atribuí-se essa resistência ao fato de não conhecer com detalhes o que faz um arquiteto e o quanto seu trabalho torna a edificação e os ambientes mais seguros e confortáveis.
“As pessoas automaticamente ligam a Arquitetura somente à estética e esquecem de pensar nos outros lados dessa profissão. A funcionalidade é extremamente importante na hora do projeto, saber zonear um espaço é imprescindível, encaminhar uma obra, seguir a legislação e questionar a segurança vai muito além de estético. O arquiteto e urbanista é um profissional completo e indispensável”, ressalta Maiane Negromonte.